Desde pequena que Ana dizia querer ser veterinária. “Sempre disse que queria ser veterinária, mas não gostava muito de estudar”, conta, entre risos.
Acabou por seguir Enfermagem Veterinária, tirando o curso em Ponte de Lima. Após o estágio, teve dificuldade em ingressar no mercado local e foi aí que decidiu “dar um jeitinho” à vida e aos animais por conta própria. Começou de forma “humilde”, com uma mesa improvisada em casa dos pais. Criou uma página no Facebook e, sem folhetos ou publicidade formal, viu a agenda encher-se rapidamente.
“As pessoas vinham, gostavam e começavam a dizer à família, aos vizinhos...” A procura cresceu e, pouco tempo depois, Ana deixou de procurar vaga em clínicas: “Apareceram propostas, mas eu já não conseguia largar isto. Era o meu espaço, os meus clientes.”
Hoje, aos 31 anos, trabalha por conta própria num espaço “acolhedor”, criado de raiz durante a construção da casa onde vive. “Como praticava preços mais acessíveis, queria manter isso, e procurar um espaço comercial ficou fora de questão.” A independência profissional foi também o que lhe permitiu mais liberdade na gestão dos horários, algo que valoriza especialmente agora, no novo papel de mãe. “Sempre tive o sonho de ser mãe, mas fui adiando por causa do trabalho”, confessa. Um susto de saúde há dois anos foi o alerta que precisava: “Disseram-me que podia ser maligno. Pensei: e se eu adiei o meu sonho de ser mãe por nada? Foi aí que acordei.”