Sublinhando a necessidade de um “sinal de esperança e positivo” às populações do Interior, a autarca lembrou o papel fundamental dos produtores locais. “Se queremos efetivamente que o Interior se mantenha povoado e que tenha estes cuidadores da paisagem e da floresta, que são os nossos produtores de gado, que são os nossos agricultores, temos que dar um sinal de apoio, com medidas concretas, para alimentar a esperança destas pessoas”, afirmou.
Segundo Margarida Belém, vários setores da economia local foram afetados, incluindo apicultores e agricultores. “Há vários anexos agrícolas, estruturas de apoio danificadas, e muita gente está sem água. Estamos já a distribuir água potável”, adiantou. A câmara iniciou um trabalho de avaliação dos danos, com vista à mobilização de apoio técnico e logístico.
Neste momento, a principal preocupação do município é a distribuição de água e a substituição de canalizações, essenciais para o quotidiano das populações afectadas. “Só conseguiremos recuperar se restabelecermos a normalidade, e isso levará tempo. A distribuição de água potável e o apoio com canalizações são fundamentais”, frisou, acrescentando que essa resposta está a ser feita em articulação com os Bombeiros Voluntários de Arouca.
Embora as estimativas preliminares apontem para mais de 4.000 hectares ardidos, a autarca sublinhou que “algumas manchas da área estimada não foram afetadas”, sendo ainda prematuro avançar com números finais.
O Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil permanece activado desde a madrugada de terça-feira, com todos os serviços municipais mobilizados sem reservas para as operações de apoio e resposta no terreno.
O incêndio em Arouca, que alastrou aos concelhos de Castelo de Paiva e Cinfães, mantinha esta quinta-feira, às 09h15, uma frente ativa, embora, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), haja expetativa de que venha a ser dominada em breve.
Às 11h45, a ANEPC dava conta de 597 operacionais no terreno, apoiados por 225 viaturas.