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Paredes
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Alunos da Escola Secundária de Paredes enviam experiência científica para o espaço

Dois estudantes do 10.º ano da Escola Secundária de Paredes, Matilde Mercês e Rodrigo Rocha, lançaram uma experiência científica para o espaço num balão estratosférico, no passado dia 15 de maio, na Bélgica.

Redação

A iniciativa integra o projeto europeu ASGARD 2025 – Balloons for Science, que promove a realização de experiências científicas em ambiente estratosférico por jovens de várias nacionalidades.

Segundo nota de imprensa divulgada pela escola, a experiência proposta pelos alunos visou estudar "a influência da pressão atmosférica na eficácia de um fármaco utilizado no tratamento do osteossarcoma", um tipo raro de cancro ósseo que afeta maioritariamente crianças e adolescentes. O objetivo principal foi avaliar se as variações de pressão em altitude podem afetar a libertação e eficácia de medicamentos, explorando uma linha de investigação com potencial impacto futuro na medicina e farmacologia.

O projeto contou com o apoio científico do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, e com a colaboração técnica do CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento, duas instituições de referência nacional nas áreas da saúde e da engenharia.

Durante o voo, o balão transportou amostras preparadas pelos alunos, que atingiram altitudes próximas da fronteira do espaço. Estas amostras serão agora analisadas na Universidade do Porto com recurso a espectrofotometria, de forma a comparar os resultados obtidos em voo com testes semelhantes realizados ao nível do solo.

O ASGARD 2025, promovido pelo ESERO Bélgica, reúne escolas de toda a Europa com experiências científicas em áreas como biomedicina, eletrónica, telecomunicações, ciência dos materiais, física e engenharia aeroespacial. Esta diversidade temática transforma o evento numa "plataforma única de cooperação internacional e troca de conhecimento entre jovens cientistas".

Para Matilde e Rodrigo, a participação foi mais do que uma conquista científica: Permitiu-nos desenvolver novas competências, conhecer outras perspetivas e reforçar a nossa motivação para seguir carreiras científicas”, afirmaram os estudantes.