As corridas vão continuar a fazer parte da vida do atleta mas este vai participar “sem o objetivo de ganhar. Quero participar porque gosto do ambiente e de estar com a família do atletismo”.
Um percurso de três décadas marcado por esforço e sacrifício, Daniel Pinheiro não esconde que “para alguém que trabalhou 12 anos numa serra a cortar granito, conciliar o trabalho com o atletismo foi sempre um desafio. Mas agora olho para trás e vejo que os resultados que consegui foram bons, poderiam ter sido melhores, mas não me arrependo de nada”.
O gosto pela modalidade “vai ser muito difícil de largar” e no futuro o atleta de Alpendorada vê a possibilidade de continuar ligado ao desporto de outra forma, como comentador ou até como treinador.
O desporto “trouxe-me muitas coisas boas, como a minha esposa e a minha filha e um conhecimento da minha personalidade que só ganhei graças ao atletismo. Não seria a mesma pessoa que sou agora se não tivesse escolhido este percurso”, frisou.
Às futuras gerações de corredores, Daniel Pinheiro aconselha para “acreditarem sempre no processo e nos treinos. Quando estamos a começar, temos que acreditar que algum dia vai ser o nosso dia. Se nós próprios não acreditarmos, não conseguimos fazer nada. Temos é de acreditar, porque mais dia menos dia, os resultados vão aparecer”.