Segundo a GNR, entre 1 de janeiro e 13 de agosto foram registados 5.996 incêndios florestais, dos quais 24,0% resultaram de ignições intencionais, geralmente com fins criminosos.
De acordo com as investigações sobre as causas dos incêndios, 30,2% das ignições foram provocadas pelo uso do fogo (1.022 casos), 24,0% por incendiarismo (814 casos), 14,5% por causas acidentais (492 casos), 0,5% por causas estruturais (17 casos), 1,0% de origem natural (35 casos), 23,2% por causas indeterminadas (786 casos) e 6,6% por reacendimento (223 casos).
No âmbito da prevenção e fiscalização, a GNR registou 10.417 situações relacionadas com a limpeza de terrenos e elaborou 1.289 autos de contraordenação por falta de gestão de combustível até 13 de agosto. Relativamente às queimadas e queimas diversas, foram registados 56 autos de contraordenação por queimadas e 248 por queimas e fogueiras, contra 86 e 587 autos, respetivamente, registados em todo o ano de 2024.
Para fazer face ao agravamento do risco de incêndio, a GNR anunciou que irá reforçar o patrulhamento e a vigilância em áreas florestais e agrícolas de risco elevado, muito elevado e máximo.
O reforço envolve as valências de Proteção da Natureza e do Ambiente, Proteção e Socorro, Territorial e Investigação Criminal, com o objetivo de dissuadir comportamentos negligentes e detetar precocemente situações suspeitas.
A GNR apelou ao sentido de responsabilidade de todos os cidadãos para evitar ações que possam originar incêndios, como fumar ou fazer lume, fogueiras, queimas e queimadas, lançar foguetes ou balões com mecha acesa, fumigar ou desinfestar apiários sem dispositivos de retenção de faúlhas, e utilizar tratores, máquinas e veículos pesados sem extintor, sistema de retenção de faúlhas ou tapa-chamas.
Além disso, a GNR recomenda que a população acompanhe os avisos meteorológicos e os níveis de risco de incêndio através dos canais oficiais e comunique de imediato qualquer foco de fumo ou fogo através do número 112.