marta pinto ricardo silva familia lousada quatro filhos
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Ricardo Silva e Marta Pinho conheceram-se em 2008 e, desde cedo, perceberam que partilhavam o sonho de terem uma família numerosa. Passados 15 anos a casa ficou mais cheia e a família aumentou de dois para seis elementos.

Marta Pinho cresceu numa família com quatro irmãos, motivo que também a levou a querer proporcionar vivências semelhantes aos seus filhos. Atualmente, são pais de quatro filhos, duas meninas e dois meninos. José, Inês, Francisco e Joana são os nomes das crianças que vieram “alegrar” a família e deixá-la “mais completa”.

Quando tinha 27 anos teve o primeiro filho, com 32 já tem debaixo da sua asa quatro crianças. O casal partilha, em conversa com o Jornal A VERDADE, que “nunca teve muitos receios”, porque “nunca olharam para um filho como uma carga de trabalho ou uma fonte de despesa”.

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Acrescentando que “não andamos a nadar em dinheiro, antes pelo contrário, mas nunca foi esse o problema”. O jovem casal distancia-se de “vícios e luxos” e tem como foco a família, complementando que “com organização tudo se consegue”.

Antes do primeiro filho, Marta Pinho iniciou o seu doutoramento, no dia da apresentação da tese, tinha dois filhos e faltavam 15 dias para o nascimento do terceiro. “Em nenhum momento, o orientador colocou qualquer pressão pelo facto de durante o doutoramento ter ficado grávida três vezes”, destaca Marta Pinho. Acrescentando que “sempre estudou e trabalhou até à véspera” do nascimento dos filhos.

Para além do desejo de ter várias crianças, a mãe também fez questão de tentar sempre que o parto fosse natural e conseguiu, optando por não utilizar a epidural das quatro vezes.

06h20. Toca o despertador e a família “coloca-se toda a pé”. Sem perder muito tempo, prosseguem os cuidados de higiene, o pijama dá lugar à roupa do dia a dia e o pequeno-almoço começa a ser preparado. Uma hora depois, os seis estão prontos para saírem de casa. A mãe apanha o autocarro às 07h30 para ir trabalhar para o Porto. Ricardo Silva sai às 07h20 e, antes de ir para o trabalho, em Lousada, leva os “miúdos” até à creche em Penafiel.

No final do dia, por volta das 18h30, um dos parceiros vai buscar os filhos. Antes da última refeição do dia, há sempre um tempo reservado para “conversas, brincadeiras e partilha”. Passado o tempo de lazer, já só falta o jantar e colocar as crianças a dormir, a partir daí, Marta e Ricardo ficam “sozinhos” e preparam-se para repetir a rotina no dia seguinte.

Para muitos esta rotina pode ser “cansativa e demasiado exigente”, no entanto, os pais descrevem-na como “calma. A nossa prioridade é sempre a família, não sentimos isto como um fardo ou algo pesado”.

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Apesar das idades jovens dos filhos, os “mais velhinhos já são bastante autónomos, eles colaboram muito e vestem-se sozinhos”. Até o Francisco que tem apenas dois anos “já consegue retirar as calças e meias sozinho”, partilha a mãe. Tudo resulta de um esforço coletivo para que eles possam “adquirir essas competências cedo e de forma natural”.

Quando questionados sobre o desejo de ter mais filhos, Ricardo Silva partilha que a vontade era ter “três/quatro crianças, mas estamos sempre abertos a mais possibilidades. A mesa da cozinha dá para dez e nós ocupamos seis”, sorri.

Com poucos anos de diferença, os quatro irmãos têm uma “relação muito boa”. A mãe diz que “ora está tudo bem ora de repente estão pegados”, mas considera ser “muito saudável e giro vê-los crescer juntos”.

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Ao longo dos cinco anos, os pais têm observado “personalidades muito diferentes” em cada um dos filhos. Apesar de viverem na mesma casa e terem os mesmos pais, Marta partilha que “é muito giro ver essa diversidade dentro de uma casa”. Ricardo Silva não deixa de acrescentar, entre risos, que “mau era se eles fossem todos iguais”.

Os pais partilham, ainda, que “nunca notaram ciúmes por parte de nenhum, porque todos eles sabem que o pai e a mãe chegam para todos”.

No fundo, acreditam que têm sido uns pais “dedicados, apesar das responsabilidades”. Defendendo que “custa adaptar-se ao primeiro, a partir daí a rotina está criada e toda a gente consegue incluir-se”. Assim, Marta Pinho conta, entre risos, que primeiro demoravam cinco minutos para sair de casa, mas que com “um filho passamos a demorar mais cinco, agora, com quatro, já leva uma meia hora, porque é preciso levar uma catrefada de coisas”.

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No entanto, é de forma “leve” que olham, diariamente, para a família e consideram que tudo não passa de uma “questão de organização. Nunca disse estou mesmo cansada, porque é uma responsabilidade nossa, nós temos os filhos de forma consciente, depois de os ter há que assumir as consequências disso, não é ter filhos só porque sim”, acrescenta.

Enquanto partilham o seu testemunho, o sorriso não sai do rosto do jovem casal, que têm nos filhos a sua “maior motivação” e onde a palavra família é “sagrada”.

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