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Marco de Canaveses
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Marco de Canaveses e Penafiel avançam com iluminação da Ponte Duarte Pacheco

O Município do Marco de Canaveses oficializou a empreitada de iluminação da Ponte Duarte Pacheco, em Alpendorada, Várzea e Torrão, através da assinatura do auto de consignação que decorreu ao final da tarde desta segunda-feira, dia 24 de junho.

Redação

Numa cerimónia que juntou os Municípios do Marco de Canaveses e Penafiel, bem como as freguesias da Eja e de Alpendorada, Várzea e Torrão, os autarcas manifestaram o seu agrado para com o avanço deste projeto, já há muito ambicionado pelos dois executivos.

Iluminação cénica e rodoviária com tecnologia sustentável

Patrícia Ferreira, representante da empresa responsável pela empreitada, deixa claro que: “Temos um objetivo muito dinâmico para fazer uma nova iluminação cénica da ponte e também rodoviária”.

Sendo o grande foco desta intervenção a iluminação deste monumento local, a responsável frisa: “O nosso objetivo é que este local não passe despercebido de noite, queremos dar mais visibilidade à ponte”. Garantindo uma empreitada “rápida e sem acidentes”, Patrícia Ferreira assegura que o objetivo da empresa será “cumprir este projeto inovador de forma a que se venha tornar um exemplo para outros municípios”.

Sobre os planos a levar a cabo, a presidente da câmara do Marco de Canaveses, Cristina Vieira, diz o seguinte: “Estamos aqui a lançar uma obra que tem dois efeitos muito importantes: A segurança no tabuleiro e iluminação na rodovia e também uma iluminação cénica da ponte, como parte decorativa”.

O projeto visa a instalação de “luzes nas colunas da ponte que vão ser alimentadas exclusivamente por energia solar e vão ser equipadas com sensores para ajustar a intensidade da luz consoante o movimento na própria ponte”, acrescentou. Ainda sobre a iluminação, Cristina Vieira revela que a iluminação cénica “vai ser um bocadinho mais difícil de fazer, vamos recorrer a alpinistas”. Este equipamento vai ser capaz de alterar a
“cor, intensidade e até de criar padrões visuais”, através das luzes.

Representando um investimento de 235 mil euros partilhados entre os dois municípios, a autarca clarifica: “Há uma partilha dos custos de investimento e também haverá a partilha dos custos energéticos entre as duas autarquias”.

Antonino de Sousa, presidente da câmara de Penafiel, avança que a data prevista para o início desta obra será o dia 10 de julho, “e queremos começar a obra para a poder inaugurar o quanto antes”, sendo que o prazo dado para a conclusão destes encargos será de dois meses.

Freguesias envolvidas celebram concretização de desejo antigo

Domingos Neves, presidente da freguesia de Alpendorada, Várzea e Torrão acarinha o avanço deste projeto, demonstrando o seu agrado dizendo: “Este auto é um milagre de São João, hoje estamos em festa na nossa freguesia e nestes nossos dois concelhos”. Para o autarca, a iluminação da ponte é: “Um objetivo que temos há muitos anos para levar a ponte à ribalta”. Olhando para o rio e a Ponte Duarte Pacheco como um elo de união, o presidente agradeceu “o esforço conjunto” das duas câmaras municipais e dos seus executivos.

A presidente da freguesia da Eja, Maria Cunha, partilha do mesmo sentimento e encara este investimento como: “Um ponto de partida para este monumento, que já foi inaugurado há muito tempo e que agora vai passar a ter a devida iluminação”.

Parceria intermunicipal elogiada pelos autarcas

O presidente da autarquia de Penafiel, Antonino de Sousa, marcou presença nesta cerimónia simbólica onde frisou: “Tenho um gosto grande em estar aqui para este momento, neste belíssimo recanto do Marco de Canaveses”. Visivelmente satisfeito pela concretização desta obra, o presidente salienta que: “O caminho para chegar aqui foi difícil e sinuoso. Foi preciso muito trabalho de bastidores para atingir estes objetivos”.

Recordando “de forma muito franca e frontal, que a ideia desta obra foi da presidente do Marco de Canaveses, logo no início do seu primeiro mandato”, algo que só foi possível concretizar anos mais tarde.

Assim, após este “longo período” de espera, a iluminação da ponte é uma realidade e Antonino de Sousa vê este auto de consignação como um exemplo “de boa cooperação intermunicipal”. Com esperança de ainda conseguir inaugurar esta obra durante o seu último mandato, o presidente conclui por dizer: “Fiquei muito contente por ouvir que, em princípio, não havendo percalços, nós podemos voltar cá em breve para a inauguração”.

Símbolo regional ganha nova vida com iluminação artística

Cristina Vieira declara este auto como “um momento muito importante” para a região, enaltecendo que a vontade de iluminar este monumento “foi sempre um projeto dividido pelos dois municípios”. Abordando um pouco da história desta infraestrutura, a autarca recorda que “a ponte foi construída entre 1937 e 1941 com granito da região”, servindo hoje como “um símbolo de resiliência e de identidade das nossas populações”.

A presidente reforçou mais uma vez que esta obra tem sido um objetivo de longa data e que “apesar da vontade política dos dois executivos, não conseguimos que ela ocorresse dentro de um prazo mais executável”. Agora, já com prazos para a conclusão desta empreitada, Cristina Vieira terminou por dizer: “A ponte vai ganhar uma nova vida e é um símbolo de orgulho para todos nós, esta ponte, que vai unir estas duas populações e que vai trazer mais alegria, mais cor e mais segurança”.

Questões de segurança rodoviária continuam em análise

A presidente da autarquia do Marco de Canaveses aproveitou este momento para abordar algumas reivindicações dos munícipes, nomeadamente a necessidade de melhorar o tabuleiro rodoviário da ponte.

Um dos problemas mais levantados pela população é o armazenamento de água na rodovia durante tempos de chuva, e a autarca assegura que ambos os municípios estão a par desta situação. No entanto, segundo Cristina Vieira, esta intervenção “não é uma responsabilidade das autarquias mas sim das Infraestruturas de Portugal”. Afirmando que o município já apresentou “duas sugestões de intervenção” para a resolução deste problema que agora dependem da aprovação das Infraestruturas de Portugal.