Num comunicado de imprensa enviado à Agência Lusa, Armando Mourisco referiu que, atualmente, há "muitos utentes com falta de médico de família" e aponta a US de Souselo, com cerca de cinco mil utentes, com "apenas um médico". Na US de Oliveira do Douro, "até então sem médico de família e, agora, apenas com médico às segundas-feiras, todo o dia, e às quartas-feiras, de manhã", mas, destaca, só a atender apenas doentes crónicos (diabetes e hipertensos) e com agendamento desde agosto" de 2024.
Refere, na mesma nota, que a “criação das duas USF [Unidades de Saúde Familiar] anunciadas, a USF Serpa Pinto, em Cinfães, e a USF Douro Verde, em Souselo, encontram-se ‘congeladas’, à espera de vistorias. O atraso provoca a desilusão dos médicos de família e a vontade de sair deste concelho (apesar dos apoios que o município dá de 600 euros mês, acrescidos de outros benefícios)", indica.
Na missiva, Armando Mourisco escreve que no município foram "confrontados, sem auscultação, sem um simples telefonema ou um email, com um comunicado - frio e seco - que informa do encerramento" da US de Moimenta.
O autarca assume uma "preocupação acrescida" com o acordo de contratualização na área da fisioterapia com a Santa Casa da Misericórdia de Cinfães, e acordado com o "último presidente do conselho de administração, Henrique Capelas", da ULS do Tâmega e Sousa.
Armando Mourisco realçou, ainda, a "preocupação com os utentes, que tão prejudicados têm sido, na prestação dos cuidados de saúde, ainda por cima uma população envelhecida e, por consequência, mais carenciada desses cuidados".