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Paredes
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Casaram no dia de aniversário da noiva e estão juntos há 38 anos. Armindo e Ana apaixonaram-se à primeira vista

Casados há 38 anos, Armindo Leal e Ana Maria acabaram por se conhecer numa romaria onde se acabariam “por apaixonar à primeira vista”. Pelo menos é o que conta o marido, “foi lá dar uma volta à festa com um colega, encontrei-a lá e foi amor à primeira vista”.

Redação

Antigamente, “os rapazes pegavam nas motorizadas e iam ver as raparigas às festas”, conta a esposa, recordando outros tempos. Amor à primeira vista, mas a história de Ana e Armindo só começaria um mês depois, também noutra romaria local. “Estivemos ali adormecidos um para o outro durante um mês, mas depois reativou numa segunda festa”, conta Armindo Leal.

“Começamos a conversar mais uma vez, mas tudo muito descontraído, falamos da vida e afins, mas a coisa lá foi ajeitando e consegui conquistá-la”, acrescenta. Apesar de não esconder o afeto que sentia pelo homem que viria a casar com ela, Ana Maria admite: “Na altura nem me via a casar com ele”.

Conversas, conquistas e a certeza de um bom partido

No entanto, através da conversa Armindo lá a viria a convencer de que era um bom partido: “Era uma pessoa que estava à vontade para falar com todos e era simpático. Se fosse um bruto ela não ia querer nada comigo”. E Ana Maria partilha da mesma opinião do seu parceiro há 38 anos: “Ele era bom conversador e tinha um discurso civilizado”.

Sendo Armindo natural de Paredes e Ana de Lousada, os dois enamorados tiveram de passar por uma fase de namoro à distância, numa altura muito diferente da atualidade. “Só namorávamos à porta de casa dela e quando anoitecia os meus sogros começavam a 'mandar sinais' para eu ir embora”, revela o marido.

Um namoro preso às únicas visitas semanais que eram possíveis. “Os nossos pais eram muito mais rigorosos connosco. Se tínhamos de trabalhar não podíamos tirar uma folga para namorar, tínhamos de obedecer e pronto”, frisa Armindo.

Um casamento decidido à moda antiga

Após dois anos de namoro, já não havia dúvidas na cabeça do então namorado de que Ana Maria era a mulher com quem queria casar. “Ele já me falava em casar antes disso mas eu não queria”, revela a esposa. A verdade é que, sendo oito anos e meio mais velho que a companheira, Armindo já se sentia mais confortável com a ideia de matrimónio.

O par não ignora nem esconde a diferença de idades mas ambos recordam: “Ela não se acreditava que era mais velho, dizia que tinha um aspeto jovem, aliás só acreditou quando lhe mostrei o BI”, diz Armindo, orgulhoso. Determinado a casar, o homem do casal foi sempre propondo a ideia à namorada, até que um dia Ana Maria aceitaria a proposta. No entanto, ao contrário do que se possa imaginar, não houve um pedido de casamento de anel e joelho, em vez disso, Armindo teria de pedir permissão ao pai da namorada para poderem casar.

“Os namorados das minhas irmãs vieram falar com o meu pai e ele tinha de fazer o mesmo se quisesse casar. Ele não gostou muito da ideia, mas insisti um bocadinho e lá veio ele a minha casa falar com o meu pai”, adianta a esposa. Como Ana Maria pediu, assim foi feito e o pai da futura noiva lá recebeu um nervoso Armindo na sala de estar de casa, onde iria aceitar o noivado do par.

Um “sim” no dia mais especial da noiva

Noivado aceite, os noivos passavam agora para o planeamento da cerimónia e que melhor data para celebrar o matrimónio que o aniversário da noiva. Dia 13 de junho, “escolhemos mesmo de propósito para calhar nos anos dela”, confirma Armindo. Por coincidência, a data coincidiu com os casamentos de Santo António, mas o par valorizou, acima de tudo, o aniversário da noiva.

Juntos há 38 anos, o casal admite que “como tudo na vida, um casamento tem altos e baixos, bons e maus momentos”. Mas para Armindo e Ana Maria o segredo para um longo matrimónio é “não ser ciumento e aprender a ser paciente”.