Até às 00:00, a E-Redes restabeleceu parcialmente o fornecimento a 6,2 milhões de consumidores em Portugal, após apagão registado esta segunda-feira.
A E-Redes informou que, até às 00:00 desta terça-feira, cerca de 6,2 milhões de clientes já tinham o fornecimento de eletricidade restabelecido, após o apagão que afetou toda a Península Ibérica e parte do território francês.
Em comunicado, o operador de rede de distribuição de eletricidade indicou que “estão ligadas parcialmente 424 subestações, com uma potência de 3200MW", alertando, no entanto, que "não é ainda possível fazer previsões da reposição integral” e que poderão ocorrer “demoras na realização da mesma”.
Recorde-se que o corte generalizado no abastecimento elétrico foi confirmado pela REN – Redes Energéticas Nacionais, tendo ocorrido às 11:30 (hora de Lisboa). De imediato, foram ativados os planos de restabelecimento por etapas do fornecimento de energia.
Em resposta à crise, a E-Redes, em coordenação com a REN, ativou o Plano Operacional de Atuação em Crise no estado máximo de emergência, mobilizando todo o dispositivo operacional disponível para a reposição da distribuição de energia elétrica em território nacional.
Atualmente, Portugal conta com cerca de 6,5 milhões de consumidores de eletricidade, o que significa que a maioria já tem o serviço restabelecido, mas ainda falta garantir o fornecimento a uma pequena percentagem de clientes.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que, “apesar de todas as adversidades de uma crise inédita”, o Estado português demonstrou “capacidade de resposta” e espera que o restabelecimento integral ocorra “nas próximas horas”.
Falando à imprensa desde a residência oficial em São Bento, no final de um Conselho de Ministros extraordinário, Luís Montenegro frisou que o Governo atuou de imediato, constituindo um gabinete de crise e reunindo o executivo para acompanhar a situação de forma permanente.
“O Conselho de Ministros decretou a situação de crise energética, o que permitiu afetar prioritariamente o fornecimento de energia a serviços essenciais, como unidades de saúde, forças de segurança, comunicações, transportes, justiça e a grande distribuição alimentar”, referiu o primeiro-ministro.
Segundo Montenegro, a prioridade foi garantir o funcionamento dos serviços e entidades considerados críticos, assegurando a continuidade da atividade em setores estratégicos para o país.