O comandante nacional da Proteção Civil, Mário Silvestre, explicou que o atraso se deve a “constrangimentos na sua operação”, adiantando que a informação foi transmitida pelo próprio Mecanismo Europeu. Os meios aéreos tinham sido anunciados na sexta-feira pelo secretário de Estado da Proteção Civil, que então indicou que entrariam em funcionamento já na segunda-feira.
Num ponto de situação realizado às 19h00 na sede da ANEPC, em Carnaxide, Mário Silvestre detalhou que estavam ativas dez ocorrências que mobilizavam 3.982 operacionais, apoiados por 1.300 veículos e 36 meios aéreos.
Entre os incêndios mais preocupantes, o responsável apontou os de Trancoso, Sátão, Piódão, Arganil, Candal (Lousã), Pêra do Moço (Guarda), Poiares (Freixo de Espada à Cinta), Santo António (Sabugal), Nisa, Lousada e Arnoia (Celorico de Basto). Apesar da listagem, sublinhou que em Nisa o combate “está a correr muito bem”.
Segundo a Proteção Civil, foram realizadas este sábado 174 missões aéreas, ainda que a operação tenha sido dificultada pelo fumo intenso, sobretudo na Guarda e no norte do país. Só na sub-região das Beiras e Serra da Estrela, além do grande incêndio de Trancoso, registaram-se mais seis ocorrências, aumentando a pressão sobre os meios disponíveis.
Paralelamente, estavam em fase de resolução 46 incêndios, envolvendo 1.139 operacionais, 355 veículos e 14 meios aéreos.
Os planos distritais de Viseu e Coimbra encontram-se ativados, bem como os planos municipais de Trancoso, Oliveira do Hospital, Arganil, Aguiar da Beira, Sátão, Sernancelhe, Seia, Pampilhosa da Serra, Tábua e Góis.
A Proteção Civil confirmou ainda que pelo menos nove bombeiros ficaram feridos com gravidade ligeira e tiveram de receber tratamento hospitalar.
Mário Silvestre deixou também um apelo às populações para redobrarem cuidados no estacionamento, referindo que a circulação dos meios de socorro tem sido condicionada em vários locais devido a veículos mal posicionados.