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A segunda geração da família Almeida começou a colaborar com o Jornal A VERDADE ainda na juventude. Vítor, o mais velho dos três irmãos, tinha apenas 16 anos quando começou a frequentar a redação do jornal que o pai dirigia. “Fui entrando devagarinho e ficando apaixonado pelo que o meu pai fazia e por todo o projeto. O meu pai foi o meu orientador, o meu guia em termos de escrita e comunicação e, principalmente, em termos de profissionalização, ser um profissional e dar a cara”, constatou.

A parte “mais difícil” descrita por António Almeida foi também vivida, um pouco, pelo filho, que lutou para credibilizar o nome do jornal. “Foi um trabalho duro, o meu pai sofreu muito na pele, eu também sofri. Mas deu resultado porque conseguimos, com calma e contando com os leitores, tornar o projeto credível”, defendeu.

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Para Vítor Almeida, o maior desafio era “gerir as personalidades”, que eram “completamente diferentes”. “Éramos de gerações diferentes, tínhamos visões diferentes, enquanto o meu pai era mais cauteloso, eu queria arriscar, queria que déssemos o salto. Consegui que ele cedesse em algumas ideias e ele percebeu que eu tinha condições para assumir os projetos. Ajudei o jornal a informatizar-se, a passar da máquina de escrever para o primeiro computador, comprar o primeiro scanner, a primeira impressora… o meu primeiro objetivo foi organizar a casa e fazer a gestão dos assinantes, começar a fazer cobranças porta a porta, porque havia uma alta taxa de não pagamento. Criámos um processo que, passado 20 anos, continua a acontecer”, recordou, acrescentando que “é uma boa forma de manter contacto com os assinantes, que já são amigos e fazem parte da família”.

Vítor Almeida decidiu, então, que se ia dedicar “de corpo e alma” ao Jornal A VERDADE, fazendo dele um dos projetos profissionais da sua vida. “Esta é uma área que me completa como mais nenhuma consegue. Decidi que seria o meu projeto profissional e tinha de chegar ao nível que eu achava que devia de chegar e que, felizmente, chegou”, disse.

A partir de 1994, o Jornal A VERDADE cresceu para o formato online, desafio abraçado por Vítor e pelos seus dois irmãos, Hélder e Pedro. “Tínhamos competências técnicas e tecnológicas, então era quase um projeto de família. Desde criar o primeiro domínio, a criar conteúdos… fruto da nossa irreverência, conseguimos lançar esses conteúdos”, recordou.

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A “irreverência dos filhos” com a “autorização do pai” permitiu que o Jornal A VERDADE crescesse, não só online, mas também no formato físico, em papel, que continua a ser publicado, quinzenalmente. “Há mais de dez anos que se falava que o papel ia terminar, toda a gente anunciava e fazia perguntas. Pela análise que faço, todos os projetos regionais têm uma habilidade superior aos projetos nacionais, que é a informação de proximidade. Através da informação regional, há a possibilidade de chegar até nível nacional, na sequência do que nós publicamos. Acredito que temos pernas para andar, tanto no papel como no digital. O jornal físico ainda tem um público alvo que está um pouco avesso à edição digital. Lutamos para, quinzenalmente, levar informação diferenciada aos nossos leitores, com conteúdos exclusivos que, nem sempre, estão disponíveis na internet. Fazer a edição quinzenal é uma luta a 15 dias, porque temos de rentabilizar o jornal, mas fazemos com todo o gosto e dedicação”, defendeu.

De acordo com Vítor Almeida, houve também a necessidade de “contratar pessoas com competências e que estudaram o jornalismo. Acreditamos que a formação de base também ajudou a melhorar o produto final. Começámos a contratar jornalistas e, aí, notou-se uma evolução em termos de escrita. Fomos associando ao projeto pessoas com valor, profissional e pessoal”.

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O atual diretor do Jornal A VERDADE deixa uma mensagem aos leitores: “que continuem a acreditar no nosso projeto. Comentem e lancem críticas, sempre, porque nós somos humanos e também cometemos erros. Agradecer a todos os leitores, empresas e instituições que colaboram connosco e que fazem com que este projeto cresça, dia após dia. Não esquecendo os emigrantes, que, através do nosso jornal, conseguem saber o que se passa na sua terra natal. Enquanto fizermos sentido e enquanto existirem leitores, continuaremos a trabalhar”.