A mostra, com curadoria de Samuel Silva, estará patente até 27 de julho e integra o programa da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC).
Reunindo pela primeira vez cerca de meia centena de obras, a exposição propõe uma leitura alternativa da produção artística de Amadeo, destacando o seu processo criativo mais íntimo e experimental.
Entre os trabalhos em exibição encontram-se desenhos inéditos realizados nos frontispícios e páginas soltas de manuais escolares, provenientes da biblioteca privada da casa da família em Manhufe, Amarante. A mostra inclui ainda expressões gráficas inscritas em livros literários de diversas coleções privadas e institucionais.
O acervo do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso também está representado com esboços, apontamentos, cartas, postais, revistas e algumas pinturas emblemáticas do artista.
Segundo o curador, Samuel Silva, “A Marginália de Amadeo propõe um olhar ampliado sobre a obra do artista, valorizando o risco, a dúvida e a experimentação como elementos centrais da criação. A margem, neste contexto, é apresentada como espaço de liberdade e questionamento.”
A exposição insere-se na candidatura “Paisagens Visuais”, aprovada pela Direção-Geral das Artes no âmbito da RPAC, da responsabilidade do Município de Amarante. O projeto contempla a itinerância de quatro exposições em quatro instituições: Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa), Museu do Côa (Vila Nova de Foz Côa), Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso (Amarante) e Galeria Nova Ogiva (Óbidos), numa parceria que se estende até maio de 2026.
Na mesma data e local foi também inaugurada a exposição “Nadir Afonso: Território de Absoluta Liberdade”, igualmente integrada neste ciclo expositivo da RPAC.