Para além do seu impacto estatístico, esta produção britânica tem vindo a gerar debates profundos sobre os desafios da juventude moderna, sendo já considerada uma obra essencial para pais, educadores e todos os que convivem com adolescentes.
A minissérie “Adolescência” estreou na Netflix em março de 2025 e, em poucos dias, conquistou audiências em todo o mundo, tornando-se o conteúdo mais visto da plataforma na semana de estreia.
Para além do seu impacto estatístico, esta produção britânica tem vindo a gerar debates profundos sobre os desafios da juventude moderna, sendo já considerada uma obra essencial para pais, educadores e todos os que convivem com adolescentes.
Os números falam por si:
24,3 milhões de visualizações nos primeiros quatro dias;
93 milhões de horas assistidas em menos de uma semana;
Presença no top 10 da Netflix em 71 países, incluindo Portugal;
Estes dados colocaram “Adolescência” no centro das atenções e transformaram a série num verdadeiro caso de estudo sobre o poder da televisão na sensibilização para temas sociais.
“Adolescência” acompanha a vida de quatro jovens britânicos em diferentes contextos, enfrentando questões como:
A pressão constante das redes sociais;
Os efeitos da masculinidade tóxica e da violência escolar;
A ansiedade, depressão e o isolamento emocional;
A dificuldade na comunicação com os adultos.
Cada episódio foi filmado em plano-sequência, o que confere à narrativa uma intensidade emocional rara, mergulhando o espectador nas emoções e nos dilemas dos protagonistas de forma visceral e autêntica.
Num mundo onde os adolescentes se sentem muitas vezes incompreendidos, esta série oferece uma ponte entre gerações. Para os pais, “Adolescência” é uma ferramenta de empatia e educação emocional. Assistir à série permite:
Identificar sinais de sofrimento emocional nos filhos;
Compreender o impacto real das redes sociais no desenvolvimento psicológico;
Promover diálogos mais abertos e menos julgadores em casa;
Desconstruir estereótipos associados à adolescência.
Ao dar voz aos adolescentes, a série ajuda os adultos a ouvir – e não apenas a reagir.
Com atuações marcantes, em especial do jovem Owen Cooper no papel de Jamie Miller, “Adolescência” distingue-se também pelo formato técnico ousado: todos os episódios foram gravados sem cortes, criando uma experiência imersiva que prende o espectador do início ao fim.
A crítica tem sido unânime no elogio à forma como a série conjuga estética cinematográfica com realismo social, tornando-a simultaneamente arte e intervenção.
“Adolescência” é mais do que entretenimento: é um espelho da nossa sociedade e uma chamada de atenção para o estado emocional das gerações mais novas. O seu sucesso não se deve apenas à realização impecável ou à força dos números, mas à capacidade de tocar em temas que muitos evitam – e de o fazer com profundidade, sensibilidade e verdade.
Para todos os pais que desejam entender melhor os seus filhos e criar uma relação mais próxima e saudável, esta é, sem dúvida, uma série obrigatória.