O União SC Paredes carimbou, este domingo, 1 de junho, o passaporte para a Liga 3, ao empatar sem golos (0-0) frente ao Marco 09, na partida derradeira jornada da Fase de Subida do Campeonato de Portugal, disputada no Estádio das Laranjeiras.
Apesar do nulo, o ponto conquistado foi suficiente para garantir o regresso ao terceiro escalão do futebol português, dois anos depois da última participação.
No final do encontro, Tarantini Vaz, treinador do conjunto paredense, começou por destacar a complexidade do modelo competitivo da prova.
"É um sentimento muito bom. Vir para este jogo a depender apenas de um resultado é duro, tanto para nós como para o Marco. A forma como o campeonato está estruturado torna tudo muito exigente. Para os adeptos é emocionante, mas para as estruturas é duro. Já defendi que o primeiro classificado devia subir diretamente. Passar por um 'play-off', onde só dois em quatro sobem, é injusto", reconheceu.
Tarantini Vaz, que está em ano de estreia como treinador principal, recordou ainda o percurso da equipa ao longo da época, referindo os momentos de superação e o trabalho árduo que permitiu alcançar esta meta.
"Foi um trabalho bem feito. Tivemos momentos complicados, como a derrota em casa frente ao Vitória B. Hoje, tudo aconteceu como tinha sido planeado desde o início, graças também ao apoio do Pedro Silva, do Caetano e ao papel importante do Rui Pedro na construção da equipa. Valeu a pena o risco de vir para o Campeonato de Portugal”, confessou.
Sobre o jogo frente ao Marco 09, Tarantini Vaz admitiu que o União SC Paredes teve de sofrer para assegurar o ponto necessário para carimbar a subida.
"Foi semelhante ao da primeira volta. O Marco, muito experiente, tentou aproveitar bolas paradas e crescer no jogo. Tivemos dois momentos em que podíamos ter fechado o jogo, não conseguimos, e depois foi sofrer até final. A partir de certa altura, tivemos de decidir: fechar o jogo ou arriscar. O meu sentimento foi fechar o jogo, mas foi duro, porque se tivéssemos sofrido já não podíamos voltar atrás”, explicou.
Quanto ao futuro, o técnico confirmou a continuidade no clube e mostrou-se consciente dos desafios que se avizinham.
"Conheço bem as pessoas que estão por trás deste projeto. São ambiciosas, mas com os pés bem assentes no chão. O mais importante agora é estabilizar o clube na Liga 3. Temos condições físicas de excelência, mas precisamos de crescer em termos de estrutura humana e de investimento. O Paredes tem de afirmar-se num patamar que corresponde mais à sua dimensão", disse.