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Celorico de Basto
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Livro “Direito de Propriedade” de Alexandre Sá foi apresentado em Celorico de Basto

A Casa da Terra, em Celorico de Basto, acolheu no passado dia 15 de junho a apresentação da obra “Direito de Propriedade – Abordagem Humanística e Canónica”, da autoria do Padre Alexandre Sá.

Redação

A sessão contou "com casa cheia", incluindo a presença de várias entidades civis e religiosas, e marcou o regresso simbólico do autor a um concelho onde exerceu funções pastorais durante treze anos, até setembro de 2024.

Durante a sua intervenção, o autor explicou que a obra foi desenvolvida no período em que viveu em Celorico de Basto e resulta de um trabalho académico de investigação. Alexandre Sá sublinhou que o livro, de leitura exigente, procura situar o direito de propriedade no contexto da filosofia política, da filosofia do direito e da legislação da Igreja, adotando uma abordagem humanística, histórica e canónica. Destacou ainda o simbolismo de apresentar a obra num local que considera sua casa: "Hoje estou muito feliz, não só pelo interesse demonstrado, mas também pelo reencontro com muitos amigos que marcaram a minha passagem por Celorico".

O presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, José Peixoto Lima, felicitou o autor, destacando a relevância do tema tratado. "O direito de propriedade é uma questão pertinente tanto no plano eclesiástico como no da sociedade civil", referiu, apontando exemplos práticos relacionados com a dificuldade no registo de propriedades, que ainda hoje afetam muitos munícipes. Sublinhou também a importância do funcionamento do BUPI (Balcão Único do Prédio) no município, como forma de mitigar essas dificuldades.

A obra foi apresentada pela juíza do Tribunal Eclesiástico de Braga e professora universitária, Federica Dotti, que procurou enquadrar o direito de propriedade sob uma perspetiva humanística, histórica e canónica. Citando o autor, destacou a passagem que afirma que "os bens materiais fazem com que a Igreja coloque em causa a sua credibilidade", esclarecendo que os bens temporais devem servir o aperfeiçoamento pessoal do ser humano e que o direito canónico observa a forma como esses bens são utilizados.

O Pe. Tiago Freitas, sacerdote da Arquidiocese de Braga, professor universitário e diretor do Espaço Vita e da livraria Diário do Minho, também participou na sessão, enquadrando a obra na coleção “O Estímulo dos Pastores”. A coleção tem como objetivo valorizar a formação académica do clero bracarense, reconhecendo o esforço de investigação teológica e humana dos seus membros. Além disso, o livro tem uma vertente solidária, contribuindo para o Fundo de São José, do Seminário de Braga, que apoia seminaristas com menos recursos económicos.

O evento contou ainda com um momento musical proporcionado pelo professor David Lourenço, da Academia de Música de Basto, que interpretou as peças A Lágrima e A Palavra, de Francisco Tárrega, à guitarra. A sessão terminou com uma sessão de autógrafos e um verde de honra promovido pelo Município de Celorico de Basto, entidade responsável pela organização da apresentação.