Com capacidade para acolher até 100 operacionais em simultâneo e 500 em regime rotativo, o REST SPACE oferece condições de descanso, higiene, apoio psicossocial e recuperação física. O objetivo é dar resposta às exigências físicas e emocionais do combate aos incêndios florestais, cada vez mais intensos e frequentes.
A infraestrutura é apoiada pela Missão Continente, num esforço de cooperação entre entidades públicas e privadas, e integra-se na missão humanitária da CVP de cuidar das populações afetadas e dos profissionais que as protegem.
“O REST SPACE é um exemplo de como a cooperação entre entidades permite criar soluções que cuidam de quem protege as populações”, afirmou António Saraiva, presidente nacional da Cruz Vermelha Portuguesa.
Também a diretora de Responsabilidade Social do Continente, Nádia Reis, sublinhou a importância da parceria, referindo que “este apoio é complementar ao projeto de emergência que temos atualmente ativo de apoio direto aos bombeiros, em articulação com a ANEPC”.
Com serviços como alimentação, cuidados médicos, fisioterapia e suporte emocional, a estrutura já está operacional na zona afetada pelos incêndios em Ponte da Barca. Para Gonçalo Orfão, coordenador nacional de Emergência da CVP, trata-se de “uma resposta rápida centrada nas pessoas, que assegura o bem-estar integral dos operacionais”.
A ação da CVP tem-se estendido também a outros pontos do país, como Ponte de Lima, Arouca, Penamacor, Alcanede, Capela e Recarei. Foram mobilizadas 48 ambulâncias, 15 oficiais de ligação e cerca de 100 operacionais, com a realização de 22 assistências no terreno. A SALOP – Sala de Crise Nacional foi ativada e duas estruturas de alojamento de emergência estão pré-posicionadas.
Esta iniciativa insere-se numa estratégia mais ampla da Cruz Vermelha de resposta aos desafios colocados pelas alterações climáticas, com foco em soluções humanas e resilientes para contextos de crise.