O balanço do primeiro ano destaca uma programação “exigente, inclusiva e centrada no pensamento crítico”, que tem atraído públicos diversos e dado projeção internacional ao espaço. A exposição inaugural “Act The Thought – Age com o Pensamento”, em parceria com a UNESCO e patente até setembro, é um dos exemplos desse trabalho. A mostra convida à reflexão sobre o fenómeno da desinformação, recorrendo à arte e ao design como ferramentas para estimular o pensamento crítico e o debate público.
Com design assinado pelo Studio Eduardo Aires, a exposição foi distinguida com Ouro no European Design Festival 2025, em Ljubljana, e arrecadou ainda três prémios no Festival Clube Criatividade de Portugal: Ouro pela Identidade Visual da Fundação e Prata nas categorias de Design de Exposição e Design Editorial.
A Fundação foi igualmente distinguida com a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) e viu o seu trabalho reconhecido pela UNESCO, nomeadamente pelo envolvimento da comunidade e pela defesa do pensamento crítico.
O Mosteiro recebeu visitantes oriundos de 15 nacionalidades, com destaque para França, Reino Unido, Brasil, EUA, China e Japão. As entradas dividem-se entre 60% de bilhetes adquiridos diretamente e 40% por via de parceiros, num modelo de gestão descrito como equilibrado e eficaz.
Segundo a Fundação, mais do que restaurar o património, pretendeu-se devolver ao espaço “função e sentido”, transformando o Mosteiro “de lugar contemplativo a espaço de confronto criativo”. A missão da instituição é clara: “transformar património em plataforma de pensamento e inclusão, ligando passado, presente e futuro”.
Para os próximos meses, está já prevista a nova exposição People in Motion, a inaugurar em setembro, que abordará questões relacionadas com mobilidade humana e migrações. Em 2026, será inaugurado o Jardim da Filosofia e do Pensamento, um espaço de quatro hectares dedicado à contemplação, ao silêncio e à lentidão.
Fotografia: Fundação Livraria Lello