Segundo Ana Matos Pires, membro da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental, os números “têm sido constantes, com uma ligeira descida”, mas continuam a representar uma média de três suicídios diários no país.
Criada no início de 2024 através de uma lei aprovada no parlamento, a linha inicia agora atividade após a publicação da regulamentação na última semana. O objetivo é prevenir o suicídio e os comportamentos autolesivos, oferecendo apoio imediato a quem procura ajuda.
O serviço funcionará 24 horas por dia, durante todo o ano, e será assegurado por profissionais com formação em saúde mental e suicidologia, incluindo psicólogos clínicos e da saúde, bem como enfermeiros especialistas em saúde mental e psiquiátrica.
Foi desenvolvido um fluxograma de atuação que prevê o reencaminhamento dos utentes, quando necessário, para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes, o INEM, serviços de urgência hospitalar ou consultas de cuidados primários, em função da gravidade da situação.
A coordenadora sublinhou que a linha “não é uma consulta, nem uma linha de acompanhamento clínico”, mas um serviço de primeira resposta, inspirado na experiência francesa, cuja linha nacional foi criada em 2022.
Embora integrada na estrutura do SNS 24 e em articulação com o serviço de aconselhamento psicológico, a linha opera com autonomia, identidade e número próprios, estando a sua coordenação atribuída aos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).
Toda a informação pessoal e clínica recolhida será tratada em conformidade com a legislação de proteção de dados, respeitando o dever de confidencialidade.