A campanha é promovida pelo movimento “Menos Ecrãs, Mais Vida”, criado em janeiro de 2024 por quatro mães e professoras, e consiste na distribuição de folhetos informativos destinados a famílias e escolas.
Num comunicado, o movimento explica que a decisão surge “à falta de campanhas de sensibilização sobre os perigos do uso de ecrãs” e “da ausência de resposta da Direção-Geral da Saúde ao nosso apelo”.
“Com o objetivo de colmatar a falta de campanhas de sensibilização por parte do Governo português, e a ausência de resposta da Direção-Geral de Saúde ao nosso apelo, o Movimento Menos Ecrãs, Mais Vida decidiu elaborar folhetos informativos para ajudar as famílias e as escolas portuguesas a saber mais sobre os perigos dos ecrãs”, refere o texto.
Os folhetos, que podem ser solicitados gratuitamente através do email do movimento, incluem não apenas sugestões de boas práticas a adotar pelas famílias, mas também informação sobre “os riscos a que crianças e jovens estão expostos, qual o impacto do uso de dispositivos digitais na sua saúde física e mental e as recomendações da Sociedade Portuguesa de Neuropediatria, adequadas a cada faixa etária”.
Segundo o movimento, “professores, psicólogos, profissionais de saúde e pais, de todo o país, têm solicitado o envio dos folhetos para ajuda e divulgação junto das suas comunidades”.
No mesmo comunicado, o grupo sublinha não estar contra a tecnologia em si, mas sim contra os riscos do seu uso excessivo, em particular no ambiente escolar: “Somos a favor do progresso e do uso de recursos tecnológicos. No entanto, somos contra o retrocesso intelectual, os malefícios para a saúde e uma certa desumanização provocados pelo uso excessivo da tecnologia pelas crianças, em particular no espaço escolar”.
Para além desta nova campanha, o movimento “Menos Ecrãs, Mais Vida” mantém ativas duas petições públicas online. A primeira, intitulada “VIVER o recreio escolar, sem ecrãs de smartphones!”, já recolheu mais de 24 mil assinaturas. A segunda, “Contra a excessiva digitalização no ensino e a massificação dos manuais escolares digitais”, conta com mais de seis mil signatários.
Os folhetos podem ser solicitados de forma gratuita através do: menosecrasmaisvida@gmail.com