PS de Celorico de Basto critica contas de 2024 e acusa executivo de “fraca execução orçamental”

Em comunicado enviado ao Jornal A VERDADE, o líder da bancada socialista, Eugénio Fernandes Carvalho, justificou o voto contra com o que considera ser uma gestão deficiente por parte do executivo camarário. “A fraca execução do orçamento de 2024 tirou mais de dez milhões de euros de investimento ao concelho”, afirma.

Segundo o PS, o município apenas executou cerca de 70% do orçamento previsto para o ano passado. “Isto demonstra a pouca competência da atual liderança do município, que falhou novamente na concretização dos investimentos planeados”, reforça Eugénio Fernandes Carvalho.

PS denuncia verbas por aplicar em áreas prioritárias

A estrutura local do PS estima que ficaram por executar cerca de 10,3 milhões de euros, valores que, defende, poderiam ter sido canalizados para áreas estratégicas como habitação, saúde, educação, criação de emprego, acessibilidades e apoio ao tecido associativo.

“A inação compromete o desenvolvimento do concelho. Estes montantes podiam ter sido aplicados em todas as áreas essenciais para melhorar a qualidade de vida dos celoricenses”, sublinha o comunicado.

Dívida municipal é outro ponto de discórdia

O PS contesta ainda a informação divulgada pelo executivo sobre a redução da dívida municipal. De acordo com o partido, os números apresentados, que indicam uma redução superior a dois milhões de euros entre 2021 e 2024, são “enganadores”.

“Esse valor refere-se a um período de três anos e não apenas ao exercício de 2024. Analisando os dados relativos apenas ao último ano, verifica-se que a dívida aumentou cerca de 170 mil euros”, sustenta Eugénio Fernandes Carvalho.

Alerta para 2025: “A dívida poderá aumentar mais 2,5 milhões”

O líder socialista, que será também o candidato à presidência da Câmara Municipal nas próximas eleições autárquicas, deixou um alerta quanto às previsões para o ano em curso. “O orçamento de 2025 permite um aumento da dívida em cerca de dois milhões e meio de euros, o que agrava ainda mais a situação financeira do município”, conclui.