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Educação e Escolas
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Provas digitais do 9.º ano arrancam com médias positivas, mas aumento de reprovações a Português

As provas finais do 9.º ano realizaram-se este ano, pela primeira vez, em formato digital, tendo as notas médias dos alunos sido positivas tanto a Português como a Matemática. No entanto, registou-se um aumento na percentagem de reprovações na disciplina de Português.

Redação

De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Júri Nacional de Exames (JNE), os alunos obtiveram uma média de 52 valores a Matemática e 58 a Português, numa escala de 0 a 100. Estes resultados são semelhantes aos do ano passado, em que as médias foram, respetivamente, de 51 e 59 valores.

Apesar da manutenção das médias, a taxa de sucesso revela desafios. Em Matemática, apenas 49,2% dos alunos conseguiram uma nota superior a 50%, mantendo-se a tendência do ano anterior, em que cerca de metade não atingiu a positiva. Já em Português, verificou-se um recuo no número de alunos com nota positiva: se em 2024 cerca de 76% dos estudantes superaram a classificação mínima, este ano esse número desceu para 69%.

As estatísticas referem-se às provas de Português e Matemática realizadas pela generalidade dos alunos, excluindo os estudantes com necessidades educativas especiais ou com o Português como língua não materna.

As provas foram realizadas em formato digital em 1.227 escolas, tanto em Portugal como no estrangeiro, em estabelecimentos com currículo português. No total, foram realizadas 203.924 provas, com o envolvimento de cerca de 10.200 docentes, entre vigilantes e membros dos secretariados de exames. As provas, que têm um peso de 30% na nota final, foram igualmente corrigidas digitalmente, por uma equipa do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE).

A divulgação das pautas definitivas estava inicialmente prevista para terça-feira, mas foi adiada devido a “dificuldades técnicas” no processo de correção. Só ao início da tarde de hoje é que as escolas começaram a receber os resultados das provas. O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) anunciou a realização de uma averiguação interna para apurar responsabilidades no JNE e no IAVE.

Uma das falhas técnicas identificadas esteve relacionada com a não submissão das folhas digitalizadas das provas de Matemática, o que impediu a sua correção atempada.

Para minimizar os efeitos do atraso, o JNE informou que todos os alunos sem aprovação na 1.ª fase serão automaticamente inscritos na 2.ª fase das provas do ensino básico. A segunda fase arranca esta sexta-feira com a prova de Português, seguindo-se a de Matemática na próxima terça-feira, 22 de julho.