Para as eleições do próximo dia 12 de outubro, o Chega é o partido que mais aposta nos seus parlamentares para liderar listas no poder local, com 44 candidatos a presidências de câmara e 15 a assembleias municipais, ficando de fora do grupo parlamentar apenas o líder, André Ventura.
O partido pretende vencer as eleições a nível nacional e conquistar câmaras em todo o país, o que, se se concretizar, levaria a uma reformulação da bancada, uma vez que as funções executivas em autarquias são incompatíveis com o mandato de deputado.
Não são ainda conhecidos todos os candidatos, mas o Chega já oficializou as candidaturas de Pedro Pinto, que lidera a lista à Câmara Municipal de Faro; Rita Matias, líder da juventude do partido, à Câmara de Sintra; Rui Paulo Sousa, na Amadora; Bruno Nunes, em Loures; e o ex-PSD Rui Cristina, em Albufeira.
Além do Chega, apenas PSD, IL e CDS-PP têm deputados como cabeças de lista para executivos municipais.
O PSD é o segundo partido com maior representação parlamentar na liderança de listas ao poder local, com sete deputados a ambicionarem presidências de câmara, que terão de renunciar ao lugar no parlamento em caso de vitória: Cristóvão Norte (Faro), Emídio Guerreiro (Gondomar), Hugo Oliveira (Caldas da Rainha), Gonçalo Valente (Ourique), Ricardo Araújo (Guimarães), Sofia Carreira (Leiria) e Sonia dos Reis (Grândola).
A IL apresenta o antigo líder, Rui Rocha, à Câmara de Braga, e o CDS-PP o líder parlamentar, Paulo Núncio, à autarquia de Vila Franca de Xira.
À esquerda, o PS, ainda sob a liderança de Pedro Nuno Santos, decidiu que liderar uma candidatura autárquica seria fator de exclusão para a presença nas listas à Assembleia da República, não tendo, portanto, qualquer deputado a encabeçar listas para câmaras municipais.
Também nenhum dos 12 deputados do Livre, PCP, Bloco de Esquerda, PAN e JPP será candidato. No entanto, os comunistas apresentam como cabeça de lista a Évora o atual eurodeputado João Oliveira.