O calceteiro e fundador do partido RIR (Reagir, Incluir, Reciclar), que liderava o movimento “Porto a bom Porto”, justificou a decisão com a preparação de uma futura candidatura às eleições presidenciais.
“É uma decisão por Portugal. O povo do Porto perdoa-me, porque percebe que há mais à frente uma missão maior”, afirmou Tino, elogiando Manuel Pizarro por ser um político “que não aparece só em tempo de eleições” e que “nunca desistiu do Porto”.
Apesar da desistência, Vitorino Silva sublinha que continuará presente no terreno: “Não abandono o Porto. A minha força vai estar ao serviço do Manuel Pizarro. Sinto que o povo admira-o e que a candidatura dele tem muitas ideias iguais às minhas”.
Tino revelou que a decisão foi discutida com a direção do RIR e que aceitou o convite de Pizarro para apoiar a candidatura socialista: “O Manuel Pizarro chamou-me, refleti e, sim, vou andar com ele no terreno”.
O apoio não teve, até ao momento, reação oficial da candidatura socialista.
Vitorino Silva tinha anunciado a sua candidatura em janeiro, sendo o quarto a fazê-lo num total de 11 candidaturas até à data. A retirada do fundador do RIR surge num momento em que as eleições autárquicas se aproximam, previstas para o dia 12 de outubro.
Entre os restantes candidatos à Câmara do Porto estão Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU), Nuno Cardoso (movimento Porto Primeiro), Aníbal Pinto (Nova Direita), Pedro Duarte (coligação PSD/IL/CDS-PP – “O Porto Somos Nós”), Sérgio Aires (BE), Filipe Araújo (movimento Fazer à Porto), António Araújo (Porto à Porto), Alexandre Guilherme Jorge (Volt) e Hélder Sousa (Livre).
O executivo atual é composto por seis eleitos do movimento independente de Rui Moreira, três do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.