Mercado automóvel cresce 4,2% no primeiro semestre com destaque para elétricos e híbridos

O mercado automóvel nacional registou um crescimento de 4,2% no primeiro semestre de 2025, face ao mesmo período do ano anterior, com 143.012 veículos novos colocados em circulação, anunciou esta terça-feira, 1 de julho, a Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

De acordo com os dados revelados, esta evolução foi impulsionada, sobretudo, pelo segmento dos ligeiros de passageiros, que registou um aumento de 6,5% entre janeiro e junho. Já os ligeiros de mercadorias sofreram uma quebra de 6,5% e os veículos pesados caíram 17,6% em termos homólogos.

Junho confirma tendência de crescimento

No mês de junho, foram matriculados em Portugal 26.356 veículos automóveis, um crescimento de 7,3% face ao mesmo mês de 2024. Destes, 23.184 correspondem a automóveis ligeiros de passageiros, representando um expressivo aumento de 14,8%.

Em contrapartida, as matrículas de veículos ligeiros de mercadorias recuaram 21,9% e as de veículos pesados, que incluem transporte de passageiros e mercadorias, sofreram uma queda acentuada de 49,2%.

Energias alternativas ganham terreno

Outro destaque do balanço semestral é o forte crescimento da mobilidade mais sustentável. 65,5% dos veículos matriculados entre janeiro e junho recorriam a energias alternativas, como a eletricidade ou tecnologias híbridas.

A ACAP sublinha que os veículos 100% elétricos representaram 20,2% do total de ligeiros de passageiros novos colocados em circulação no semestre. No mês de junho, a quota manteve-se nos 20%, confirmando a consolidação da eletrificação no mercado automóvel português.

Tendência a observar nos próximos meses

Os dados da ACAP reforçam a transição do setor automóvel para soluções mais sustentáveis, com os veículos elétricos e híbridos a assumirem cada vez maior protagonismo. Apesar de algumas categorias registarem quebras, como nos comerciais e pesados, a evolução global mantém-se positiva, refletindo uma recuperação contínua da procura por viaturas novas em Portugal.

Este crescimento poderá intensificar-se no segundo semestre, caso se mantenham os incentivos fiscais, a estabilização da cadeia de fornecimento e o interesse crescente por soluções de mobilidade mais ecológicas.