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Vila Nova de Gaia
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Gaia abre Ecoparque do Atlântico no verão

O futuro Ecoparque do Atlântico, que ocupará o espaço do antigo parque de campismo da Madalena, em Vila Nova de Gaia, e que também acolhe o Festival Marés Vivas, deverá começar a receber visitantes já no próximo verão.

Redação

"A obra arranca agora (...). As pessoas poderão usufruir do espaço no início do verão", garantiu Eduardo Vítor Rodrigues. O autarca adiantou que a intervenção será feita de forma faseada, aplicando um modelo em ‘ilha’, que consiste em vedar e reformular as infraestruturas sem a necessidade de encerrar o parque por completo. A obra será executada com "recursos internos" e financiada de forma “diferida no tempo”.

"Mesmo com a obra em progresso, o parque poderá ser utilizado (...). Esta é uma forma de, no pouco tempo que resta do meu mandato, assegurar que a população cria uma ligação com o espaço e que, no futuro, qualquer tentativa de transformar isto em urbanização encontrará a comunidade em defesa deste lugar", afirmou.

O Ecoparque do Atlântico tem como objetivo transformar o antigo parque de campismo num espaço multifuncional e sustentável, dedicado ao lazer e à educação ambiental. Segundo a descrição oficial da câmara, o projeto seguirá princípios de "sustentabilidade, acessibilidade inclusiva e preservação ambiental", promovendo "um equilíbrio entre atividades culturais, recreativas, desportivas e de conservação da natureza, tanto no espaço principal como nas áreas envolventes".

Entre as novidades previstas está a criação de um Centro de Juventude com alojamento modular, enquanto as infraestruturas atuais, como balneários, piscina, campos de jogos, esplanada e restaurante, serão mantidas e renovadas.

O Ecoparque do Atlântico terá uma área inicial de 17 hectares, podendo ser ampliado em mais 10 hectares caso a câmara adquira um terreno a sul, junto à rua do Cerro e à rua Clube Atlântico da Madalena até à Ribeira de Ateães. Esta possibilidade foi avançada por Luís Alves, engenheiro responsável pelo projeto, que já desempenhou funções de encarregado geral dos Jardins do Parque de Serralves e fundou o projeto de agricultura biológica Cantinho das Aromáticas.

"Este espaço poderá tornar-se uma referência a nível europeu", afirmou Luís Alves, destacando o potencial do parque, que inclui áreas de escavações arqueológicas e oito balneários, previstos para acolher ‘workshops’ e atividades culturais e museológicas.

No que toca à vegetação, Luís Alves revelou que as árvores em mau estado fitossanitário serão abatidas, assim como algumas que cercam os balneários, como eucaliptos e pinheiros bravos. Os abates futuros serão pontuais e direcionados à substituição por espécies autóctones, como carvalhos, sobreiros e medronheiros.

A proposta de Luís Alves pretende valorizar o Ecoparque através da organização de eventos culturais, educativos e desportivos, criando um ponto de encontro inclusivo e intergeracional.