Festa litúrgica de Santa Rita de Cássia assinalada esta quinta-feira

Durante o dia, várias eucaristias foram celebradas com a tradicional bênção das rosas, símbolo associado à santa. As celebrações tiveram início com missas às 07h30, 09h00 e 11h00. Pelas 17h00 será rezado o terço e, às 18h30, realiza-se a eucaristia principal, que inclui nova bênção das rosas.

Santa Rita nasceu em Roccaporena, na região da Úmbria, Itália, por volta de 1371. Viveu uma juventude marcada pela fé e foi mãe de dois filhos. Após o assassinato do marido, dedicou-se à oração e ao perdão. Mais tarde, tornou-se religiosa agostiniana, conhecida pela sua vida de caridade, penitência e contemplação.

A rosa, que segundo a tradição lhe foi entregue miraculosamente durante o inverno, tornou-se símbolo da sua vida de fé e resistência, sendo hoje oferecida e abençoada em sua honra. 

A Santa das Rosas

Nos últimos anos da sua vida, profundamente entregue à oração e à contemplação de Cristo, Santa Rita pediu para participar da Sua Paixão. Em resposta, em 1432, recebeu na fronte a ferida de um espinho da coroa do Crucificado, um estigma que carregaria durante quinze anos, até à sua morte.

Já gravemente doente e acamada, num rigoroso inverno, Rita fez um pedido invulgar à prima que a visitava: que lhe trouxesse dois figos e uma rosa do jardim da sua casa natal, em Roccaporena. Apesar da incredulidade — dado o mês de janeiro e o clima gelado — a prima acedeu. Para sua surpresa, encontrou no jardim uma rosa desabrochada e figos maduros. Levou-os a Rita, que os acolheu como um sinal da misericórdia de Deus e da certeza de que os seus entes queridos estavam em paz junto do Senhor.

Este episódio marcou profundamente a sua devoção popular e está na origem da rosa como símbolo de Santa Rita, evocando o consolo divino mesmo nos períodos mais áridos da vida.