Autárquicas 2025: Coligação PSD/CDS em Felgueiras aponta habitação e mobilidade como prioridades

Advogada de 44 anos e militante do PSD, Marta Rocha explicou que a sua candidatura surgiu naturalmente após a campanha para as legislativas pela Aliança Democrática (AD):

“Nas [eleições] legislativas andei na rua em campanha pela AD e agora a minha candidatura nas autárquicas acabou por ser uma inevitabilidade. Em função de um contacto e depois outro, ao pedir o voto para a AD as pessoas começaram a expor as situações que sentem porque os problemas estruturais do concelho persistem e eu não lhes posso virar costas.”

A coligação chegou a equacionar um acordo com a Iniciativa Liberal (IL) a nível local, mas, segundo Marta Rocha, os timings nacionais impediram o alargamento do projeto autárquico a esse partido.

Entre as propostas anunciadas, a candidata destacou o reforço da política de habitação como uma das medidas centrais, com a ambição de iniciar, no primeiro mandato, a construção de entre 50 a 100 habitações.

“A habitação é uma das questões que nós pretendemos começar a mitigar, sabemos que é um problema muito complexo, que não depende só da boa vontade, mas queremos aproveitar todas as oportunidades que forem disponibilizadas aos municípios, nomeadamente no âmbito do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]”, afirmou.

Na área da mobilidade, Marta Rocha lamentou a escassez de transportes públicos e a exclusão de algumas zonas do concelho:

“Num concelho com muita indústria, mas também de freguesias rurais, existe muita dificuldade de deslocação. Não temos comboio e os autocarros têm linhas que passam de muito em muito tempo, e não vão a todas as freguesias.”

No que toca aos equipamentos, a candidata apontou como prioridades a criação de um Parque da Cidade e de um pavilhão multiusos.

O município de Felgueiras é atualmente liderado pela coligação Livre/PS, que governa há dois mandatos com sete vereadores no executivo. O PSD conta com dois vereadores. Já anunciaram também candidatura à liderança da autarquia Nuno Fonseca (PS/Livre), que se recandidata a um terceiro mandato, António Peixoto (CDU) e Manuel Jesus (Nós, Cidadãos!).