A decisão foi assinada pelo presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, Nuno Fonseca.
Com esta classificação, o castro fica agora sujeito a uma Zona Especial de Proteção, reforçando a salvaguarda do seu património histórico e arqueológico.
Situado no monte da Senhora da Aparecida, no distrito do Porto, o local destaca-se como “uma unidade de paisagem ímpar em Felgueiras”, integrando um arco montanhoso que forma um anfiteatro natural na bacia superior do Rio Sousa. Com uma altitude de 569 metros, o monte é descrito como uma realidade dinâmica e profundamente enraizada nas comunidades locais, sendo experienciado e valorizado desde a pré-história recente.
A abertura do procedimento de classificação foi aprovada a 28 de fevereiro, em Assembleia Municipal, considerando o valor patrimonial, histórico e cultural do sítio.
Segundo o documento aprovado, o povoado ocupa uma posição central numa área de forte atividade mineira e domínio territorial, o que terá favorecido a sua ocupação contínua desde o final do II milénio a.C. até, possivelmente, ao século V d.C.
As primeiras intervenções arqueológicas no local ocorreram em 2005, sendo seguidas por uma nova campanha em 2017. Ambas as investigações confirmaram a longa ocupação humana do monte da Senhora da Aparecida, reforçando a sua relevância histórica e arqueológica.
A classificação do castro como imóvel de interesse municipal reforça o compromisso do Município de Felgueiras com a preservação e valorização do seu património cultural.