Em nota divulgada pela Presidência, Marcelo sublinha que esse reconhecimento deve ser “acompanhado pelo combate a todas as formas de discriminação e violência contra as pessoas afrodescendentes, assinalada também neste dia”.
O chefe de Estado afirmou ainda pretender homenagear os afrodescendentes que “revigoram e enriquecem” Portugal, defendendo uma sociedade “mais justa e menos desigual”.
“Que nos possamos encaminhar no sentido de uma vizinhança fraterna e sem preconceitos, em que vivemos como iguais”, referiu.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023 a população afrodescendente representava 6,1% dos residentes em Portugal com idades entre os 18 e os 74 anos. Cerca de um terço (31,7%) já tinha sofrido discriminação, enquanto quase três quartos (72,8%) consideravam que existe discriminação no país. Mais de metade (55,2%) afirmava já ter testemunhado situações desse tipo.
No total, viviam em Portugal 462,4 mil afrodescendentes em 2023: 201,6 mil (2,7%) de primeira geração, 238,6 mil (3,1%) de segunda geração e 22,3 mil (0,3%) de terceira geração.
O Dia Internacional das Pessoas Afrodescendentes foi proclamado pelas Nações Unidas em 2020 para promover e proteger os direitos das pessoas de ascendência africana, valorizar as suas contribuições e culturas, e reforçar o compromisso global com a igualdade e a justiça.
A 17 de dezembro de 2024, a Assembleia-Geral da ONU aprovou a Segunda Década Internacional para Pessoas de Ascendência Africana, com o tema “Pessoas de ascendência africana: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”, que decorre entre 1 de janeiro de 2025 e 31 de dezembro de 2034.