De acordo com o diário, o homem, identificado pelas iniciais A. R., foi abordado por traficantes em bombas de combustível e acabou por aceitar uma proposta de dez mil euros para colaborar na operação. O estivador, que se encontrava fortemente endividado devido ao vício do jogo, acabou, contudo, por ser detido e ferido numa das mãos durante a ação, sem nunca receber o dinheiro prometido.
A operação correu mal também para a organização criminosa, que perdeu 25 quilos de cocaína durante a fuga dos seus elementos. Em tribunal, o arguido denunciou o indivíduo que o aliciou, mas essa colaboração não o livrou da condenação.
Segundo o relatório social anexado ao acórdão, A. R. passava o tempo livre “na utilização de aplicações de jogos, permanecendo isolado do convívio com os elementos do núcleo familiar” e chegou a contrair empréstimos bancários para sustentar o vício que acabou por o arruinar financeiramente e conduzir ao crime.