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Portugal
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PS propõe pacto nacional para o envelhecimento e critica caos no SNS

Pedro Nuno Santos visitou lar em Sintra e defendeu medidas estruturais para idosos e para o reforço dos cuidados na comunidade.

Redação

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, defendeu esta sexta-feira, 18 de abril, a criação de um “pacto nacional” para responder aos desafios do envelhecimento da população, durante uma visita ao lar de idosos do Centro Social de Pêro Pinheiro, no concelho de Sintra.

A intervenção decorreu em pleno contexto de pré-campanha para as eleições legislativas e contou com a presença da candidata socialista à Câmara de Sintra, Ana Mendes Godinho, e da cabeça de lista do PS por Lisboa, Mariana Vieira da Silva. Na ocasião, o líder socialista lamentou a falta de debate sobre os mais velhos e sublinhou a importância de reforçar os apoios sociais e redes de cuidados para a terceira idade.

“Deve haver um pacto nacional para esta área”, afirmou Pedro Nuno Santos, apontando a necessidade de investir na ampliação da rede de lares e integrar os cuidados de saúde com os cuidados sociais.

PS quer cuidados centrados na comunidade

Pedro Nuno Santos sublinhou que é fundamental transformar o atual modelo de cuidados, excessivamente hospitalar, para um sistema centrado na comunidade. “Precisamos de equipas multidisciplinares que acompanhem os doentes crónicos e os mais velhos em casa, sempre que possível”, explicou, defendendo a presença de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e assistentes sociais nos cuidados domiciliários.

Este modelo, segundo o líder do PS, permitirá não só melhorar a qualidade de vida dos idosos como aliviar a pressão sobre os hospitais e urgências, atualmente sobrecarregados.

Aumentos permanentes nas pensões e valorização dos cuidadores

O secretário-geral do PS prometeu ainda aumentos extraordinários e permanentes nas pensões, sempre que a economia o permitir, sublinhando que esta é a alternativa certa face à política da Aliança Democrática (AD), que “prefere dar bónus pontuais que não se refletem no valor da pensão a longo prazo”.

Pedro Nuno Santos aproveitou também para defender melhores condições de trabalho e salários para os profissionais que trabalham em lares e instituições de solidariedade social (IPSS), afirmando que o país tem “uma dívida para com esses homens e mulheres”.

“Tem de haver um consenso nacional para melhorar as carreiras, os salários e as condições de vida dos cuidadores”, sublinhou, destacando o papel essencial destes profissionais no cuidado a idosos e pessoas com deficiência.

Críticas à gestão da saúde por parte do Governo

Na mesma ocasião, o líder socialista voltou a criticar a atual situação no Serviço Nacional de Saúde (SNS), referindo o encerramento de 15 urgências hospitalares previsto para este fim de semana: oito no sábado e dez no domingo.

Pedro Nuno Santos acusou o Governo liderado por Luís Montenegro de não cumprir as promessas feitas aos portugueses. “Prometeram resolver os problemas da saúde de forma rápida e fácil. O que vemos é exatamente o contrário”, declarou, acrescentando que o SNS vive “uma situação de instabilidade e caos”.

O dirigente do PS responsabilizou diretamente o primeiro-ministro e a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que também concorre a deputada nas próximas eleições. “É sinal de que Luís Montenegro não retirou nenhuma consequência da crise vivida no último ano”, afirmou.