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Sociedade
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Milhares prestaram último adeus a Diogo Jota e ao irmão André Silva em Gondomar

Cerimónias fúnebres decorreram este sábado, 5 de julho, marcadas pela presença de familiares, colegas de profissão e adeptos emocionados

Redação

As cerimónias fúnebres de Diogo Jota e do irmão André Silva decorreram este sábado, 5 de julho, na Igreja Matriz de Gondomar, reunindo milhares de pessoas que quiseram prestar uma última homenagem aos dois irmãos, vítimas de um trágico acidente de viação em Espanha.

Apesar do funeral ter decorrido de forma reservada, centenas de pessoas começaram a concentrar-se nas imediações da igreja ainda antes do início da cerimónia, marcada para as 10:00, criando um forte ambiente de comoção e homenagem popular. Um sistema de altifalantes permitiu que os muitos presentes pudessem acompanhar a celebração religiosa.

Durante a manhã, o velório esteve aberto a familiares e amigos mais próximos, numa continuação da despedida que havia começado na véspera, sexta-feira, a partir das 19:30.

Figuras do futebol e da comunidade presentes

Entre os presentes estiveram muitos dos antigos colegas de Diogo Jota na seleção nacional e nos clubes que representou, incluindo Bernardo Silva, Bruno Fernandes, João Félix, José Fonte, Danilo Pereira, André e Ricardo Horta. Também Rúben Neves e João Cancelo marcaram presença, tendo viajado diretamente dos Estados Unidos após representarem o Al Hilal no Mundial de Clubes.

O selecionador nacional, Roberto Martínez, e uma comitiva da Federação Portuguesa de Futebol foram dos primeiros a chegar à capela. Do lado do Liverpool, clube que Jota representava desde 2020, deslocaram-se vários elementos do plantel e da direção, que foram aplaudidos à chegada. Antigos companheiros do emblema inglês, como Jordan Henderson, Fabinho e Thiago Alcântara, também marcaram presença.

O caixão de André Silva, que jogava no FC Penafiel, foi transportado pelos colegas de equipa até à igreja. Já o caixão de Diogo Jota foi levado por familiares e pelo seu melhor amigo, Rúben Neves.

Uma tragédia que comoveu o país e o mundo

Diogo Jota, de 28 anos, e o irmão André Silva, de 25, perderam a vida na madrugada de quinta-feira, 3 de julho, na sequência de um despiste na autoestrada A52, em Cernadilla, na província espanhola de Zamora. A notícia gerou uma onda de consternação em Portugal e além-fronteiras, com inúmeras mensagens de pesar partilhadas por clubes, federações e adeptos.

Natural de Gondomar, Diogo Jota iniciou o seu percurso no futebol no clube da terra, tendo depois passado pelo Paços de Ferreira, FC Porto, Atlético de Madrid, Wolverhampton e, desde 2020, o Liverpool. Pela seleção portuguesa somou 49 internacionalizações e 14 golos, tendo ajudado a conquistar duas edições da Liga das Nações, a última das quais no passado mês de junho, em Munique.

O irmão, André Silva, era jogador do FC Penafiel e seguia uma carreira discreta, mas promissora, no futebol nacional.

A perda precoce dos dois irmãos deixou em luto não só o mundo do desporto, mas toda uma comunidade que se uniu, neste sábado, num último adeus marcado pelo silêncio, pelas lágrimas e por uma sentida homenagem a duas vidas interrompidas demasiado cedo.