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Portugal
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Apagão em Portugal dispara procura por rádios e powerbanks, revela KuantoKusta

A procura por rádios aumentou 4.594% e por powerbanks 1.728% após o apagão de 10 horas que afetou Portugal e Espanha.

Redação

O apagão de cerca de 10 horas que afetou Portugal na segunda-feira, 28 de abril, provocou uma corrida sem precedentes a artigos de emergência. Segundo dados do KuantoKusta, divulgados esta terça-feira, 30 de abril, a procura por rádios aumentou 4.594%, por powerbanks 1.728% e por fogões portáteis 348%, face aos dois dias anteriores.

O comparador de preços e marketplace português registou uma forte alteração no comportamento dos consumidores logo após o corte generalizado no fornecimento de eletricidade, que se fez sentir em todo o território nacional e também em Espanha. A empresa sublinha que os portugueses procuraram garantir “autonomia face a emergências”, recorrendo principalmente a dispositivos que funcionam sem ligação à rede elétrica.

Produtos de emergência esgotam nos carrinhos online

Além dos rádios e powerbanks, também os fogões portáteis, lanternas, pilhas e outros artigos habitualmente incluídos em kits de emergência registaram uma procura acima do habitual. "A súbita corrida a estes artigos revela não só uma preocupação dos consumidores com eventuais falhas futuras no fornecimento de eletricidade, mas também uma tentativa de estarem mais preparados para situações de emergência", afirmou André Duarte, diretor comercial do KuantoKusta.

Apesar do aumento significativo da procura, a plataforma não identificou, até ao momento, variações de preços relevantes nestes produtos.

Especialistas recomendam kits de emergência atualizados

Em resposta ao evento, especialistas em proteção civil destacaram a importância de manter kits de emergência atualizados em casa. Estes kits devem incluir rádios portáteis, lanternas, pilhas, powerbanks e meios alternativos para cozinhar, de forma a garantir a autonomia em caso de falhas prolongadas nos serviços essenciais.

"O apagão é um alerta para a preparação individual em situações imprevistas, como desastres naturais ou falhas técnicas na infraestrutura elétrica", destacaram fontes ligadas à proteção civil, citadas no comunicado do KuantoKusta.

Apagão ainda sem explicação oficial

O corte de energia, que se prolongou entre 10 a 11 horas, afetou vários setores essenciais, incluindo transportes, comunicações e distribuição de combustíveis. Aeroportos foram encerrados, o trânsito ficou caótico nas grandes cidades e houve dificuldades no abastecimento de bens essenciais.

Até ao momento, as autoridades portuguesas e espanholas ainda não apresentaram uma explicação oficial para a origem do apagão. A E-Redes, operadora da rede de distribuição elétrica em Portugal, garantiu na manhã de terça-feira que o fornecimento foi “totalmente reposto e normalizado”.

Consumidores mais conscientes?

A reação dos consumidores ao apagão poderá indicar uma nova tendência de maior consciencialização e preparação para emergências. Para muitos, o evento serviu como um aviso real da vulnerabilidade das infraestruturas essenciais e da importância de estarem equipados para responder a situações de crise.