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Sociedade
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Ministério Público abriu em 2024 mais de 5.500 inquéritos por incêndio florestal, maioria acabou arquivada

O Ministério Público (MP) abriu no ano passado 5.572 inquéritos por crimes de incêndio florestal, mas apenas 5,4% resultaram em acusação, segundo dados divulgados hoje pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Redação

De acordo com a informação avançada, em 2024 apenas 299 inquéritos terminaram em acusação e 446 foram alvo de suspensão provisória do processo. Já 4.747 investigações acabaram arquivadas, o que corresponde a 85% do total.

A PGR sublinhou ainda que os dados referentes a 2025 não estão disponíveis.

A análise da evolução revela uma diminuição no número de processos instaurados face a anos anteriores: em 2022 foram abertos 8.588 inquéritos e em 2023 registaram-se 7.367, invertendo-se a tendência de aumento então assinalada pelo próprio MP.

Portugal continental tem sido severamente afetado por incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro. Os fogos provocaram quatro mortos – entre os quais um bombeiro –, vários feridos, e destruíram habitações, explorações agrícolas, pecuárias e extensas áreas florestais.

Para reforçar o combate, Portugal recorreu ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil, dispondo de meios aéreos como aviões Fire Boss e Canadair, bem como de um helicóptero Super Puma.

Segundo dados provisórios, até ao momento arderam cerca de 250 mil hectares, dos quais mais de 57 mil no incêndio que começou em Arganil.