GNR alerta para crimes de abandono e maus tratos de animais de companhia no Dia Internacional do Animal Abandonado

Em comunicado, a Guarda sublinha que o abandono e os maus tratos a animais de companhia constituem crimes puníveis por lei, lembrando que a adoção implica um compromisso de responsabilidade e de cuidados permanentes.

Decréscimo de ocorrências nos últimos anos

Segundo dados da GNR, registou-se um decréscimo do número de crimes de maus tratos e abandono entre 2022 e 2025, embora os valores ainda se mantenham relevantes.

• 2022: 704 casos de maus tratos e 491 de abandono

• 2023: 626 casos de maus tratos e 384 de abandono

• 2024: 572 casos de maus tratos e 380 de abandono

• 2025 (até 31 de julho): 347 casos de maus tratos e 214 de abandono

A análise dos registos mostra que os animais mais abandonados continuam a ser cães e gatos. Os meses de verão representam o período mais crítico, associado a ausências prolongadas em férias. Também se registam abandonos após a época natalícia, em situações em que os animais foram oferecidos como presentes e posteriormente rejeitados pelos detentores devido aos encargos e responsabilidades associados.

Distritos mais afetados

Entre 2022 e 2025, os distritos de Setúbal, Porto, Braga, Faro e Lisboa destacam-se como os que registaram maior número de crimes de abandono e maus tratos de animais de companhia.

No mesmo período, a GNR deteve oito pessoas e identificou 755 suspeitos pela prática destes crimes.

Alternativas ao abandono

A GNR sublinha que, perante a impossibilidade de manter os animais durante ausências prolongadas, existem atualmente alternativas seguras e adequadas, rejeitando o abandono como opção aceitável.

Através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), a Guarda reafirma o seu empenho na defesa do bem-estar animal e apela à denúncia de situações suspeitas. As participações podem ser feitas através da linha SOS Ambiente e Território (808 200 520), da denúncia online no portal www.gnr.pt ou pelo e-mail sepna@gnr.pt.