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Arouca
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Incêndios: Governo promete apoios rápidos e sem burocracia até 10 mil euros

O Governo garantiu que os prejuízos até 10 mil euros causados pelos incêndios florestais dos últimos dias serão pagos rapidamente e sem necessidade de documentação, em qualquer concelho afetado.

Redação

O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Castro Almeida, anunciou esta sexta-feira, 1 de agosto, que o Governo vai avançar com apoios céleres a todas as pessoas afetadas pelos incêndios florestais que deflagraram nos últimos dias em várias zonas do país, incluindo os concelhos de Arouca, Castelo de Paiva e Cinfães. Para prejuízos de “pequeno valor”, o apoio será direto e sem exigência de papéis.

“Não vamos estar a pedir papéis. É na base da prova testemunhal, vendo no local, com alguém da Câmara Municipal ou da CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional], define-se o valor e pagamos imediatamente”, garantiu o governante.

Segundo o ministro, o limite desse apoio será definido na próxima semana, mas deverá situar-se “abaixo de 10 mil euros”.

Medidas de apoio serão definidas nos próximos dias

Castro Almeida explicou que o Governo está a preparar um pacote de medidas, a apresentar já na próxima semana, para apoiar rapidamente as vítimas dos incêndios. O objetivo, afirmou, é que o processo seja “ainda mais rápido” do que em 2024, quando mais de 5.000 agricultores foram compensados atempadamente.

Além do apoio a particulares com prejuízos de menor dimensão, o plano governamental irá contemplar:

  • Compensações rápidas para agricultores;

  • Apoio específico a empresas do setor do turismo e da habitação;

  • Atenção especial às famílias com casas afetadas;

  • Reposição de equipamentos e infraestruturas municipais danificadas.

Incêndio em Arouca com mais de 4.000 hectares ardidos

O ministro falava após uma reunião com a presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, onde foi feito o ponto de situação local. O incêndio que deflagrou na segunda-feira neste concelho do distrito de Aveiro, e que se alastrou a Castelo de Paiva e Cinfães, foi dominado esta sexta-feira pelas 07h00.

Com um perímetro estimado de 50 quilómetros, o fogo consumiu mais de 4.000 hectares de floresta em Arouca. Causou também:

  • Danos parciais nos Passadiços do Paiva;

  • A destruição de uma casa devoluta e vários anexos agrícolas;

  • Danos menores em duas habitações;

  • Corte no abastecimento de água potável a dezenas de famílias.

Arouca estima prejuízos superiores a 10 milhões de euros

A presidente da Câmara de Arouca adiantou que a estimativa preliminar de prejuízos ultrapassa os 10 milhões de euros, sem contar com perdas futuras na atividade turística ou na imagem do território.

“A nossa prioridade agora é apoiar as pessoas, sobretudo quem está sem água potável”, frisou Margarida Belém, revelando que foi emitido um despacho excecional para garantir a instalação urgente de novas tubagens.

As autarquias dos concelhos afetados estão a trabalhar em articulação com o Governo e com a CCDR para acelerar os apoios às populações e garantir uma resposta eficaz aos impactos dos incêndios.