Aos 28 anos, Sarah Maggioli viu a sua vida mudar com o diagnóstico inesperado de cancro da mama. Embora tivesse sentido um nódulo no peito esquerdo, a previsão dos médicos é que seria algo de passagem. No entanto, com as consultas de vigilância, veio se a diagnosticar um cancro de mama. “Já tinha duplicado em tamanho. Fui encaminhada para o Centro de Mama do Hospital São João, onde fiz outros exames e a biópsia foi conclusiva”. Até hoje a causa é desconhecida e embora tivesse alguns casos na família, todos acima dos 60, não parecem ter relevância. “O teste genético para a doença deu negativo”.
Ao receber a notícia, Sarah Maggioli confessa que sentiu um “choque paralisante” e medo do que ainda pudesse vir até concluir todos os exames. “Temi pela vida. Julgo que é impossível que isso não passe pela cabeça de alguém, mas, eventualmente, essa sensação passou, claro”. E a verdade é que não demorou muito para se encher de coragem e pensar em soluções. “No próprio dia iniciei o processo de preparação para a punção ovárica, recomendado pela médica de cirurgia oncológica, tendo em conta o risco de infertilidade causado pela quimioterapia”. Uma etapa que durou cerca de duas semanas e implicou uma série de injeções. Seguia-se a quimioterapia.