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Baião
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Jorge Oliveira atravessa a fronteira todos os anos para viver a Páscoa junto da família

A Páscoa está quase aí e são muitos os portugueses que fazem questão de reviver a tradição junto da família.

Redação

Comer o pão de ló e beber um copo de vinho do Porto junto daqueles que mais gostamos tem outro sabor e Jorge Oliveira pode comprovar isso mesmo. 

Todos os anos, sem exceção, atravessa a fronteira com destino a Baião, mais precisamente a Ancede.

O baionense, de 34 anos, já esteve emigrado em França, durante dez anos, e há três que vive em Espanha. Mas, todas as datas “especiais” - como o Natal e a Páscoa - são festejadas na terra que o viu crescer e, este ano, não será exceção. “Nestes dias estou sempre com a família, todos os anos. Em todas as festas especiais eu estou presente”.

Para Jorge, viver estas tradições em Portugal “é diferente. Em Espanha, por exemplo, não festejam tanto como nós e não tenho cá a família. Nós emigramos, porque tem que ser. Se o nosso país nos oferecesse condições e ordenado para tal, não saíamos. Mas Portugal está sempre no coração”. 

O baionense juntou-se a outros portugueses e na quarta-feira, 16 de abril, depois do trabalho deram início à viagem até ao nosso país. Vêm de carro e com a vontade de que as horas passem “o mais rápido possível” para chegarem junto das famílias.

Já em Ancede, a Páscoa é vivida dentros dos “moldes tradicionais. O compasso vai a nossa casa, o Padre reza o verso e seguem para outras casas”, explica Jorge, que neste dia aproveita para “ir à casa dos sogros” e da mãe. “Cumpro a tradição de ir casa a casa”.

As datas são, também, um momento para o baionense estar perto do filho de três anos. “É uma alegria quando ele me vê chegar”, diz com orgulho.

O regresso a Espanha está marcado para a próxima quarta-feira, 23 de abril, um momento que não gosta de pensar. “Para ir é mais complicado, vamos tristes, mas faz parte da vida. Valeu pelos dias que conseguimos estar”, finaliza.