Com apenas 16 anos, participou pela primeira vez no concurso de cebolas a título individual, no tradicional dia 24 de agosto, dia de São Bartolomeu, e arrecadou o prémio de “jovem produtor”, destacando-se entre os demais.
Desde pequeno habituado à vida agrícola, André cresceu a acompanhar os pais no cultivo de produtos da terra - uma atividade que, apesar de exigente, sempre fez parte do seu dia a dia. “Os meus pais só vivem disto”, afirmou, recordando que desde cedo fazia “de tudo o que era preciso” na exploração agrícola da família.
No entanto, confessa preferir o trabalho com máquinas, especialmente tratores, à apanha do feijão.
Presença habitual no Mercado Municipal de Penafiel, onde vende produtos com a mãe, André explica que a decisão de participar individualmente na Agrival foi natural: “Já ajudava todos os anos a minha mãe, vendíamos os dois”.
O prémio veio reconhecer esse percurso e dedicação.
Apesar do entusiasmo, André revela que não pretende seguir a agricultura como carreira profissional. Com o secundário já concluído, prepara-se para iniciar uma nova etapa em setembro, numa área distinta. “A vida dos meus pais sempre foi muito dura”, explica, apontando as dificuldades económicas do setor como principal razão para procurar outro caminho.
Ainda assim, garante que continuará a ajudar os pais sempre que possível - sobretudo no que toca à sua parte preferida: os tratores. Quanto à produção de cebola garrafal, a típica variedade da região, a família continua a garantir a sua presença nas feiras locais e no mercado do Sameiro, contribuindo para a preservação de uma tradição enraizada.