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Reabriu a histórica Casa Santos em Bem Viver com 117 anos de tradição: "É apenas o início de algo maior" 

A icónica tasca Casa Santos, com mais de um século de história, reabriu portas este sábado, 7 de junho, no lugar da Feira Nova, freguesia de Bem Viver, no concelho do Marco de Canaveses.

Redação

O espaço, que conta com cerca de 117 anos de existência, foi revitalizado por Luís Ferreira e Eulália Nascimento, sócios e rostos deste novo capítulo da Casa Santos.

"Este era um sonho antigo. Já tive cafés e bares no Marco, mas sempre tive esta ideia na cabeça, mesmo antes de saber que a tasca estaria disponível. Quando surgiu a oportunidade, não hesitamos", explica Luís Ferreira, natural de Ramalhais. Já Eulália Nascimento, nascida e criada em Bem Viver, acrescenta: "É um orgulho enorme continuar o legado desta casa, que é quase o coração da freguesia."

O objetivo da nova gestão é simples: manter a essência da tasca tradicional, mas com uma lufada de ar fresco. "Queremos honrar o legado do Sr. Santos, mantendo os petiscos tradicionais, as tigelas, as canecas, mas com um toque contemporâneo. A casa precisava de se modernizar, e foi isso que fizemos, sem perder o espírito original", afirma Luís.

O espaço foi totalmente renovado, mas há uma zona especial mantida com o ambiente de outros tempos: o “Cantinho dos Velhinhos”, pensado para os clientes mais antigos se sentirem em casa e partilharem memórias. Além disso, o novo conceito inclui um recanto para jogos tradicionais como cartas, xadrez e dominó, promovendo o convívio entre gerações.

A Casa Santos está aberta de terça-feira a domingo, das 10h30 às 20h30, com encerramento às segundas-feiras para descanso. Aos almoços haverá sempre um prato do dia, com foco na gastronomia regional — rojões, arroz de lulas, panados com arroz malandro — e, para ocasiões especiais, jantares por reserva, ideais para grupos ou celebrações. "Queremos que as pessoas se sintam em família, com um atendimento dedicado. É um espaço acolhedor, pensado para todos", garante Eulália.

O negócio tem uma forte componente familiar: a cozinha está a cargo da sogra de Luís, reconhecida pelo seu talento culinário, e toda a operação gira em torno de um modelo de proximidade e tradição. Para Luís Ferreira, o projeto é também uma forma de reanimar a economia local: "Quero dar vida à Feira Nova. Esta tasca é apenas o início de algo maior. Com o apoio da junta e da câmara, acreditamos que esta zona pode crescer. Tenho recebido muito apoio da população e acredito que estamos a fazer algo com verdadeiro valor".

A Casa Santos não esquece também o público mais jovem


"Queremos que os jovens se sintam integrados aqui. Uma tasca também pode ser um espaço para todas as idades. Já tivemos a visita do Tascólogo, uma referência nas redes sociais, que ajudará a atrair novas caras à Feira Nova. Isso é sinal de que estamos no caminho certo."

A reabertura da Casa Santos representa muito mais do que um negócio. É um reencontro com a história da freguesia, uma afirmação de identidade e um convite aberto à comunidade e a todos os que visitam o concelho.

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