De acordo com o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), foram executados mais de 8,3 milhões de euros, num total de 15,4 milhões disponibilizados, para aquisição ou reparação de equipamentos informáticos.
As escolas contam com 96.550 computadores operacionais, dos quais 65.866 foram anteriormente devolvidos e reaproveitados, e 30.684 destinados a alunos abrangidos pela Ação Social Escolar.
O gabinete do ministro Fernando Alexandre assegura que todos os problemas técnicos reportados em quatro inquéritos desde novembro foram resolvidos até 9 de maio, incluindo os de 74 agrupamentos que ainda indicavam dificuldades no final de abril. Foram também contratados 27 técnicos especializados em redes de informática para prestar apoio nas escolas, especialmente durante a realização das provas finais do 9.º ano.
A aplicação das ModA será digital e cada agrupamento escolar poderá escolher os dias em que realiza as provas. No entanto, diretores escolares alertam para possíveis constrangimentos. Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), e Jorge Saleiro, vice-presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), admitem que “muitas escolas podem ter de fechar parcial ou totalmente” devido à necessidade de afetar professores à vigilância, secretariado ou apoio técnico.
As provas ModA substituem as anteriores provas de aferição e não contam para a avaliação final dos alunos, tendo como objetivo principal monitorizar o progresso das aprendizagens. Estão calendarizadas da seguinte forma: na primeira semana, realizam-se as provas de Português; na segunda semana (26 a 30 de maio), as de Inglês (4.º ano) e História e Geografia de Portugal (6.º ano); e, na última semana, as de Matemática.
Apesar dos esforços do Governo, algumas entidades, como a Missão Escola Pública, manifestam reservas quanto ao modelo escolhido, sugerindo que as provas deveriam ser aplicadas apenas a uma amostra de alunos, de modo a minimizar os impactos no funcionamento das escolas. Ainda assim, o MECI defende que estão reunidas “as condições tecnológicas adequadas” para garantir o sucesso da nova fase de avaliação digital.