Município de Cinfães promoveu congresso de Segurança e Integridade Digital

Uma iniciativa a nivel nacional, este congresso organizado pelo Município de Cinfães convidou vários agentes da região para assistir aos debates e conversas levados a cabos por especialistas. Cibersegurança e ciberespaço, territórios seguros, RGPD´s e RGPC´s, inteligência artificial, ética,  transparência no território e geopolítica foram alguns dos tópicos principais abordados durante este evento.

O presidente da Câmara Municipal de Cinfães, Armando Mourisco, explicou a razão que motivou a criação desta iniciativa: “Sentimos que, cada vez mais, temos de proteger as nossas instituições, empresas, e serviços públicos, assim, achamos por bem juntar este congresso denominado de Segurança e Integridade Digital”.

A autarquia reforça que convidou “todos os serviços públicos e instituições que lidam com dados e sistemas informáticos dentro do concelho”, bem como todos os munícipes interessados. Dando-lhes a oportunidade de “ouvir diretamente da boca dos peritos, o potencial, mas também os perigos ou riscos do mundo digital, e que estratégias é que nós todos aqui no território, podemos usar para nos protegermos e usufruirmos deste potencial”.

Temas “atuais que condicionam a nossa economia, segurança, integridade e privacidade”, Armando Mourisco admite que este congresso “superou as nossas expectativas”, conseguindo reunir um total de 200 inscritos. 

Um dos oradores convidados a participar neste congresso foi o Superintendente Rui Moura, Diretor do Departamento de Sistemas de Informação e Comunicações da Direção Nacional da Polícia e Segurança Pública.

“Este tipo de eventos são muito importantes pois devemos abordar, em termos de toda a sociedade, estas questões inerentes à segurança pública e a componente de cada vez mais é relevante”, salienta o superintendente.

Rui Moura, acrescenta que no que toca às necessidades de segurança digital, as autoridades “estão a par de tudo e estamos a acompanhar as popualções, através de  intervenções  junto toda a comunidade escolar e  instituições de solidariedade social”. Assegurando que a PSP mantém um papel ativo “na perspetiva informativa, preventiva e participativa no que toca a encontrar as melhores soluções para este tipo de questões”.

Quando questionado sobre os principais problemas que devem ser abordados durante este tipo de debates o membro das forças de autoridades diz que: "Hoje estamos a viver dois grandes momentos de abordagem no que tocas a estas questões. Uma delas é a utilização de toda a informação que existe livremente acessível, sendo que muita dela não está validada e pode induzir a verdades que provavelmente não serão assim tão verdades. A segunda questão tem a ver com a utilização de toda a vertente tecnológica para continuar um conjunto de atividades ilícitas que antigamente  não eram praticadas com tecnologia".

Duas problemáticas dignas de destaque, Rui Moura adianta que a solução destes problemas está relacionada com ",acima de tudo, literacia digital, temos de manter-nos muito bem informadas sobre o que está a acontecer no ambiente tecnológico, no ciberespaço. Sabendo utilizar todas as ferramentas oficiais que permitem validar toda essa legalidade e legitimidade de soluções que estão livremente acessíveis, esse para mim é o primeiro ponto e o principal. Sem essa informação, sem essa literacia digital, nós somos inundados de estímulos tecnológicos que por vezes nos levam a momentos e situações desagradáveis".

O Município de Cinfães ambicionou "colocar Cinfães e a CIM Tâmega e Sousa na rota do futuro, dotando o território e a comunidade de informação sobre os desafios que o mundo digital proporciona, enquanto cidadãos, sobretudo na sua relação com os agentes do poder local", através deste congresso.