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Amarante: Bloco de Esquerda apresenta candidatura autárquica que "une gerações para ser uma alternativa ao bloco central"

O Bloco de Esquerda apresentou este domingo, dia 24 de agosto, a sua candidatura aos órgãos autárquicos de Amarante, num evento realizado no Parque Multifuncional do Rossio, "que reuniu dezenas de apoiantes e simpatizantes".

Redação

A sessão contou com a presença da eurodeputada e dirigente bloquista Catarina Martins, que sublinhou a importância das eleições autárquicas e do debate público sobre os problemas das comunidades. Catarina Martins relembrou que o Bloco de Esquerda em Amarante “esteve sempre ao lado da população, em todos os momentos, quer fosse no retorno da linha do comboio, na oposição à construção da Barragem de Fridão ou na luta contra a exploração de lítio no concelho.” A dirigente denunciou ainda o “maior pacto de regime do nosso país: a força do negócio imobiliário, que radica no facto das autarquias estarem completamente dependentes do financiamento da especulação imobiliária”, dizendo que isso tem levado ao abandono de políticas que protegem o direito à habitação das populações trabalhadoras.

Nuno Freitas, professor e candidato à Câmara Municipal, destacou a luta pela diminuição da tarifa da água, “a mais cara do país”. “É incompreensível como uma das regiões mais pobres do país pode pagar uma tarifa da água tão injusta para os bolsos de quem cá trabalha”, afirmou o candidato. O partido apontou os serviços públicos como uma bandeira central para estas eleições, denunciando o que classificou como o fracasso das governações centrais e locais de PSD e PS perante o caos das urgências de saúde.

Leonor Costa, candidata do Bloco à Assembleia Municipal, enfatizou a importância do acesso igualitário a oportunidades na autarquia e colocou a igualdade como prioridade: “igualdade é creches acessíveis, igualdade salarial, horários compatíveis com a vida familiar é, sobretudo, proteger as mulheres da violência, reforçar os apoios às vítimas e prevenir desde cedo, nas escolas, para que nenhuma jovem cresça a acreditar que a violência é normal.” A candidata salientou ainda a prioridade dada à educação, com um programa municipal de requalificação das escolas do concelho, e a articulação com o associativismo, o desporto e a cultura local.

A candidatura destacou também a marca da juventude, com propostas concretas para a fixação dos jovens no concelho e a sua participação na política local. Paulo Aguiar, cabeça de lista à União de Freguesias de São Gonçalo, Madalena, Cepelos e Gatão, afirmou: “A grande força desta candidatura é simples: queremos devolver dignidade e futuro à união de freguesias. Luto por uma terra onde os jovens possam viver e arranjar casa, os trabalhadores possam chegar ao fim do mês com mais dinheiro no bolso e os mais velhos possam ter qualidade de vida depois de uma vida toda a contribuir para hoje estarmos aqui”. Paulo Aguiar denunciou ainda, segundo a intervenção citada, a falta de investimento na mobilidade e nos espaços públicos daquela união de freguesias.

O Bloco de Esquerda deixou clara a ambição da candidatura em trazer a política para mais perto das pessoas e romper com décadas de promessas não cumpridas e de governação do “bloco central” em Amarante, apresentando-se como alternativa para construir comunidade e propor soluções para os problemas locais. O partido sublinhou, no encerramento, o ambiente de forte mobilização do evento e a vontade de mobilizar participação cívica para o projeto apresentado.