A sessão contou com a presença da eurodeputada e dirigente bloquista Catarina Martins, que sublinhou a importância das eleições autárquicas e do debate público sobre os problemas das comunidades. Catarina Martins relembrou que o Bloco de Esquerda em Amarante “esteve sempre ao lado da população, em todos os momentos, quer fosse no retorno da linha do comboio, na oposição à construção da Barragem de Fridão ou na luta contra a exploração de lítio no concelho.” A dirigente denunciou ainda o “maior pacto de regime do nosso país: a força do negócio imobiliário, que radica no facto das autarquias estarem completamente dependentes do financiamento da especulação imobiliária”, dizendo que isso tem levado ao abandono de políticas que protegem o direito à habitação das populações trabalhadoras.
Nuno Freitas, professor e candidato à Câmara Municipal, destacou a luta pela diminuição da tarifa da água, “a mais cara do país”. “É incompreensível como uma das regiões mais pobres do país pode pagar uma tarifa da água tão injusta para os bolsos de quem cá trabalha”, afirmou o candidato. O partido apontou os serviços públicos como uma bandeira central para estas eleições, denunciando o que classificou como o fracasso das governações centrais e locais de PSD e PS perante o caos das urgências de saúde.
Leonor Costa, candidata do Bloco à Assembleia Municipal, enfatizou a importância do acesso igualitário a oportunidades na autarquia e colocou a igualdade como prioridade: “igualdade é creches acessíveis, igualdade salarial, horários compatíveis com a vida familiar é, sobretudo, proteger as mulheres da violência, reforçar os apoios às vítimas e prevenir desde cedo, nas escolas, para que nenhuma jovem cresça a acreditar que a violência é normal.” A candidata salientou ainda a prioridade dada à educação, com um programa municipal de requalificação das escolas do concelho, e a articulação com o associativismo, o desporto e a cultura local.