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Marco de Canaveses
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Pai e filho mantiveram viva a tradição do compasso pascal em Paços de Gaiolo

Pedro Veríssimo passou a Páscoa com o filho, Miguel, a dar a volta do compasso pascal pela freguesia de Paços de Gaiolo, em Marco de Canaveses. “É algo diferente mas temos que fazer estas coisas senão as tradições acabam”, diz o “há sete anos” morador desta freguesia.

Redação

Orgulhoso por ter aceite o convite para ajudar com o compasso de Paços de Gaiolo, Pedro Veríssimo admite que: “Cansaço há sempre, mas também temos aquela alegria de andar e de ver as pessoas”. Além disso, “como não era natural de cá, a primeira vez que participei aproveitei para ficar a conhecer um bocadinho da freguesia", acrescenta o homem de 40 anos.

Este ano, Pedro Veríssimo foi no compasso pela terceira vez consecutiva e o filho Miguel aproveitou para acompanhar o pai mais uma vez na volta do compasso. “Foi ele que quis participar, já no passado andou um bocadinho comigo e este ano quando soube que ia no compasso outra vez disse que queria ir comigo”, conta o pai.

Aos sete anos, Miguel participou pela primeira vez como membro oficial do compasso, indo de porta em porta “com a campainha” a anunciar a chegada da cruz. O pai diz que “correu tudo muito bem, ele gostou e diz que para o ano quer voltar a participar”, salienta. 

Incentivar os mais novos a participar no compasso e em outras tradições como este é, para Pedro Veríssimo: "Muito importante para eles perceberem e integrarem-se mais um bocadinho do que é a realidade, de que a vida não é só a escola, ver os pais em casa e jogar consolas”. 

Tanto pai como filho garantem que para o ano “vai ser para repetir” e a dupla sente-se orgulhosa por sacrificar um pouco do seu tempo em família para dar continuidade à tradição do compasso. "As pessoas às vezes são um bocadinho comodistas e não se querem chatear, só querem que os outros andem. As tradições acabam muitas vezes por causa do comodismo", reflete Pedro Veríssimo. 

Depois de três anos a acompanhar o compasso, este pai de família revela que o mais marcante foi: "Ver as famílias numerosas a viver a Páscoa. É isso e ver as pessoas que como e estão a mudar-se aqui para Paços de Gaiolo e que começam a abrir as casas para viver este momento connosco. Algo que se calhar não iam viver nas cidades ou freguesias de onde vieram".