Os Claustros da Igreja de São Gonçalo, no concelho de Amarante, acolheram, nos dias 13, 14 e 15 de maio, a 16.ª edição da Feira dos Doces Conventuais de Amarante, que "superou todas as expetativas" da organização.
Dois anos depois do início da pandemia da COVID19, o evento regressou para três dias "com uma afluência acima da média. Sentimos que as pessoas tinham vontade de voltar a estar em feiras, convívios e a ver espetáculos. Estávamos todos muito ansiosos para perceber qual seria a dinâmica pós-COVID19 e o balanço é muito positivo", sublinha Ana Luísa, membro da organização.
A Feira dos Doces Conventuais de Amarante é uma iniciativa promovida pela Associação Empresarial de Amarante, com o apoio da Câmara Municipal de Amarante, que este ano contou com 24 expositores, de vários pontos do país, aliando os doces conventuais de norte a sul do país, os licores e vinhos da região. "Os expositores deram-nos o feedback de que a feira correu muito bem e, portanto, estamos muito contentes com o regresso à normalidade", frisa.
Ao longo dos três dias, para além de provar os doces conventuais os visitantes tiveram a oportunidade assistir a momentos de animação cultural, "que são também um atrativo e enriquecem a feira. Estávamos com algum receio por causa do tempo, mas tudo correu dentro da normalidade".
A Feira dos Doces Conventuais de Amarante vai na sua 16.ª edição, assumindo-se como um evento que reúne vários atrativos e com um impacto interessante ao nível turístico. "Como temos representada na feira a doçaria de norte a sul, assim como licores, há um público que vem à procura dos doces de amarante e outro que vem à procura dos doces de todo o país".
Os doces conventuais são "a marca" de Amarante e por isso "este é um evento que apresenta um forte impacto e interesse para a comunidade e economia locais. Atraímos vários visitantes ao longo do fim de semana e, portanto, sem sombra de dúvida que tem um impacto muito positivo para a cidade e para o comércio".
Após dois anos sem uma edição física, a Feira dos Doces Conventuais regressou com a presença de mais de 12 concelhos, "reunindo um pouco da melhor doçaria conventual de todo o país", frisou o presidente da Associação Empresarial de Amarante, Bruno Costa, que destacou também o processo de certificação de cinco doces conventuais que "está avançado. São doces que dão prestígio a Amarante e certificar significa ter a certeza que aquele produto é o original. Por isso, é muito importante esta certificação, que estávamos a tentar há muitos anos e neste momento temos o processo avançado. Penso que nos próximos meses os doceiros já vão começar a apresentar o selo do doce certificado", garantiu.
A doçaria conventual representa "uma riqueza para o país, porque está ligada a tudo o que é a nossa cultura e matriz de identidade," enalteceu o presidente da Câmara Municipal de Amarante, José Luís Gaspar. Para o autarca é "importante acarinhar todos aqueles que mantêm vivas essas tradições e uma iniciativa que dinamiza a economia da cidade".
Relativamente à parceria estabelecida entre o município e a AEA, José Luís Gaspar salientou que "cada vez mais as redes são fundamentais, não vale a pena pensar que sozinhos vamos a qualquer lado", deixando um convite de visita a Amarante "que tem muitos argumentos para ser visitada", concluiu.