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Penafiel
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Penafiel celebrou 185 anos da "Feira das Cebolas" com monumentos à cebola e ao presunto

Uma tradição do concelho de Penafiel, a “Feira das Cebolas” regressou no dia 24 de agosto, passado domingo, aos arredores do Santuário do Sameiro para assinalar a sua 185.ª edição, um marco que foi reconhecido pelo município com a inauguração de duas novas estátuas.

Redação

A Feira de São Bartolomeu, realizada todos os anos no dia do padroeiro, foi homenageada pela Câmara Municipal de Penafiel, que decidiu assinalar os 185 anos de história deste certame através da estátua de uma cebola e de um presunto, dois símbolos desta feira e do concelho.

“Quisemos homenagear os nossos produtores de cebola e escolhemos fazê-lo através deste monumento que ficou ali no início da avenida, para perpetuar este respeito, esta memória e esta marca que é nossa”, salientou o presidente do município, Antonino de Sousa.

O grão-mestre da Confraria do Presunto e da Cebola, Joaquim Ferreira, declarou este momento como “um dia histórico para Penafiel” onde se celebra “a cebola a rainha desta feira”.

Criada em 1840 pelos monges da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, numa época em que “a vida era difícil”, a Feira de S. Bartolomeu nasceu como uma forma de escoar a produção de cebolas, garantindo a subsistência da comunidade religiosa. A iniciativa rapidamente conquistou adesão, atraindo outros agricultores que se juntaram aos monges para comercializar os seus produtos.

O certame foi crescendo em dimensão e diversidade, até se tornar, quase dois séculos depois, num dos eventos mais emblemáticos da região, continuando a atrair centenas de visitantes todos os anos.

Pela influência e pesar deste certame acabaria por surgir anos mais tarde a Confraria do Presunto e da Cebola, atual responsável pelo concurso da cebola realizado na Feira de S. Bartolomeu, um momento que também já faz parte da programação da Agrival.

“É um dia histórico para Penafiel ver esta nossa feira celebrar 185 anos de existência, um marco que foi muito bem assinalado através deste monumento de uma cebola e de um presunto lado a lado à porta da nossa feira”, concluiu Joaquim Ferreira.