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Porto
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Reposição de carris do elétrico no Porto condiciona trânsito nos Lóios durante cinco semanas

A reposição dos carris do elétrico na Praça da Liberdade, no Porto, retirados devido à construção da Linha Rosa do Metro, vai condicionar a circulação na zona dos Clérigos e Lóios durante cinco semanas, anunciou a Metro do Porto.

Redação

Segundo o comunicado da empresa, a intervenção “implica um estreitamento de via na Rua dos Clérigos e vai impossibilitar a circulação automóvel na Rua Trindade Coelho e no Largo dos Lóios”. O condicionamento arranca na sexta-feira e a circulação rodoviária será feita pela Praça da Liberdade, ponto de partida e chegada da futura Linha Rosa (São Bento – Casa da Música).

Em maio, os seis municípios acionistas da STCP aprovaram, por unanimidade, um pedido formal de indemnização à Metro do Porto pelo encerramento prolongado da linha 22 do elétrico, suspensa devido às obras. Segundo a STCP, a decisão foi proposta pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e justificada pelo “impacto significativo que o encerramento da linha – inativa desde finais de 2021 – tem tido nas contas da empresa e nas obrigações de serviço público assumidas pelos acionistas”. A indemnização será pedida com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2024.

A STCP explica que a linha 22, que liga o Carmo à Batalha passando pela Rua dos Clérigos e Praça da Liberdade, deveria ter retomado operação no final de 2023, mas a reabertura foi sucessivamente adiada, sem nova data oficial definida. A transportadora estima que os prejuízos em 2024 ascendam a cerca de um milhão de euros, combinando a perda de receita direta e custos adicionais com policiamento para permitir a operação parcial da linha 18.

De acordo com cálculos internos da STCP, a linha 22 representava cerca de 30% da faturação da operação de elétricos, que totalizou 2,5 milhões de euros em 2024. A quebra de receita estimada em 750 mil euros soma-se a encargos adicionais de 240 mil euros com policiamento, totalizando perdas próximas de um milhão de euros. A empresa irá formalizar agora o pedido de indemnização junto da Metro do Porto, que não comentou o assunto.

A Linha Rosa do Metro do Porto, com custo previsto de 304,7 milhões de euros, terá ligação entre as atuais estações Casa da Música e São Bento, com paragens intermédias no Hospital de Santo António e na Praça da Galiza. A abertura está prevista para o primeiro trimestre de 2026, depois de vários atrasos.