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Portugal
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José Luís Carneiro promete oposição “firme e responsável” e apela à união no PS

José Luís Carneiro anunciou candidatura à liderança do PS e garante uma oposição coesa, respeitadora da Constituição e atenta ao povo.

Redação

José Luís Carneiro, ex-ministro da Administração Interna e agora candidato à liderança do Partido Socialista, assumiu hoje na Comissão Nacional do PS, em Lisboa, a promessa de uma oposição “firme, responsável e séria”, num momento de viragem para o partido após a saída de Pedro Nuno Santos.

Na sua intervenção, Carneiro destacou a importância da “humildade democrática” perante os resultados eleitorais de domingo, e deixou claro que, apesar da derrota, o PS continuará a desempenhar um papel fundamental na defesa dos valores democráticos e constitucionais do país.

União interna como prioridade

Com um discurso centrado na coesão partidária, José Luís Carneiro afirmou que pretende “ouvir todos e contar com todos”, sublinhando que só unidos os socialistas terão “muita força” para enfrentar os desafios do atual ciclo político. Esta abordagem pretende marcar uma diferença em relação aos últimos tempos de maior tensão interna, propondo um novo capítulo de diálogo e concertação dentro do PS.

“Quero ser um líder que une e escuta. Este é o tempo de reconstruir, com base na participação e no respeito pela diversidade dentro do partido”, afirmou.

Rutura com tentações extremistas

Carneiro assegurou ainda que o PS não será parceiro “de nenhuma operação de subversão da Constituição”, deixando claro que a sua liderança não permitirá desvios aos princípios democráticos fundamentais. Embora tenha reconhecido que não acredita que essa seja a intenção da Aliança Democrática (AD), liderada por Luís Montenegro, quis deixar o aviso de que o PS se manterá vigilante.

A sua declaração surge num contexto de crescente preocupação sobre propostas de revisão constitucional que têm vindo a ser debatidas por setores mais conservadores e populistas.

Agradecimento a Pedro Nuno Santos

O candidato à liderança não esqueceu o papel de Pedro Nuno Santos, a quem deixou um agradecimento público. “Reconheço o esforço e dedicação de Pedro Nuno ao partido e ao país. Hoje, cabe-nos respeitar esse percurso e preparar o futuro com responsabilidade”, frisou.