Banda Filarmónica de Lousada lança novo CD e apresenta Festival Filarmónico - Sem Fronteiras

Atualmente, a associação é titulada como Banda Filarmónica de Lousada, refletindo uma nova etapa na sua identidade com a excelência artística mantendo as mesmas causas:“Abrilhantar festas e romarias de norte a sul do país, levando a boa música e tradição a cada evento”.

E Cristina Baptista, atual presidente da banda, como membro da banda há 17 anos, garante que a associação tem cumprido este objetivo com o decorrer dos anos. Há três mandatos consecutivos que a clarinetista faz parte da direção da associação, tendo-se juntado à equipa da direção: “Por querer que as instituições de Lousada sigam um bom caminho”.

Motivada pelo associativismo e gosto pela música, Cristina agarrou este desafio para “ajudar em tudo”, pois, “se ninguém fizer por isso as associações acabam por desaparecer”. No fundo, o gosto pelas bandas filarmónicas já estava enraizado na família da atual presidente da banda: “O meu pai foi músico na Banda de Lousada e acabou por me incutir este gosto a mim e à minha irmã”, revelou.

A Banda Filarmónica de Lousada oferece a oportunidade de “continuar ou iniciar uma formação musical”. Além disso, Cristina Baptista reforça o papel das bandas como:"Um projeto onde, independentemente da carreira ou do percurso pessoal, somos a instituição que, na vida de muitos músicos, representa o elo de ligação à música e às pessoas que, de uma forma ou de outra, se cruzaram. Um espaço onde se reencontram e mantêm ligação." .

Um projeto formativo e motivador para os jovens

Formada por um total de 65 músicos com idades entre “os 14 e os 60 anos”, a Banda Filarmónica de Lousada distingue-se de outras associações ou escolas de música pela forma como motiva todos os seus membros, especialmente os mais novos.

“Há muitos jovens que estudam no Conservatório do Vale de Sousa e noutras escolas na região mas com o tempo desmotivam, porque não é interessante apenas tocar nas aulas ou seja, entre quatro paredes”, explica a responsável da associação. Ao integrar a associação, “os nossos jovens revelam uma evolução muito maior e porquê? Porque passam muitas mais horas a tocar”, acrescentou.

Revelando-se como uma oportunidade atrativa para os jovens interessados no mundo da música, Cristina também salienta os benefícios de promover esta iniciativa entre os mais novos.

“Atualmente os jovens têm muitas atividades, desporto, aulas e jogos eletrónicos, no meio de tanta coisa é normal que acabem por negligenciar a prática de um instrumento. Quando fazem parte da banda, eles acabam por ter de o fazer, pois durante a hora que gastam na banda vão estar connosco a tocar e aprender”, frisa a responsável.

E os benefícios continuam com o aumento de um sentido de responsabilidade que se vai desenvolvendo com as participações nos concertos da associação. “Os mais novos têm de se tornar um bocadinho mais independentes dos pais para virem para as festas da banda. Claro que os pais confiam em nós para passar mais de 12 horas com os jovens, mas eles também precisam de criar um sentido de responsabilidade para cumprir horários no autocarro e se prepararem para um dia de concerto. É o primeiro contacto que os jovens têm com o mundo profissional.”, completa Cristina Baptista. 

Um calendário cheio e uma ligação próxima à comunidade

Entre os meses de janeiro e junho, os músicos da associação focam-se em realizar ensaios, tendo um ou dois eventos pelo meio, mas é na altura do verão que a banda começa a ter mais atividade.
As romarias e festas locais formam grande parte do calendário da associação, mas este grupo participa em mais celebrações para além das festas de verão, como por exemplo, as janeiras. “As tradicionais janeiras são uma das nossas atividades, onde vamos a casa dos lousadenses para partilhar este momento, importante não só pela parte monetária, mas também porque temos a chance de ter contacto direto com os nossos sócios e empresários Lousadenses”, diz Cristina Baptista.
Assumidamente fã de interagir com a população, a Banda Filarmónica de Lousada valoriza todos os anos: “As comissões de festas que nos contrataram e no dia da festa fazemos o nosso melhor para compensar o trabalho de todos os festeiros que trabalharam o ano todo para conseguir ter-nos ali”.
Assim, segura do seu papel na comunidade, a associação sente-se à vontade para dizer: “Estamos na nossa melhor fase. O ambiente entre membros é agradável e os nossos músicos sentem-se bem por estar connosco a trabalhar para fazer boa música”.

Dois grandes projetos em destaque: novo CD e festival internacional

E foi este sentimento de bem-estar que levou a banda a preparar o lançamento de um novo CD com algumas das melhores músicas interpretadas pela associação lousadense. “Sentimos que estava na hora de criar este registo e recentemente surgiram as condições necessárias para avançarmos com este projeto já há muito ambicionado”, admite a presidente da banda. As ambições da banda não ficam por aí e no mesmo ano em que lançam um novo CD, a banda de Lousada prepara uma edição renovada do Festival Filarmónico - Sem Fronteiras.

“É um festival de bandas onde vamos tentar ter sempre uma banda internacional. Este ano é uma banda espanhola, a Agrupación Musical do Rosal e a Banda de Freamunde. Está previsto passarem pelos palcos do Festival Filarmónico - Sem Fronteiras mais de 200 músicos”, revela Cristina Baptista.

As expectativas para este evento “estão altas” e para que tudo corra bem, a banda filarmónica garante que “o evento está a ser organizado para criar condições para os ouvintes e executantes”. 

Com uma história marcada pelo compromisso com a música, o desenvolvimento dos jovens e a ligação à comunidade, a Banda Filarmónica de Lousada continua a crescer e a inovar.

O lançamento do novo CD e a renovação do Festival Filarmónico Sem Fronteiras são provas da vitalidade e ambição desta associação, que honra o seu passado enquanto aposta no futuro. Mantendo o foco na formação, na partilha cultural e na proximidade com o público, a banda reafirma o seu papel como um pilar do associativismo musical em Lousada e na região.